A partir das Caldas da Rainha, onde se encontrava a tratar da paralisia de que vem padecendo desde o seu primeiro ataque em 1742, D. João V manda formar, em Mafra, uma tapada para seu ”real serviço”, para seu lazer, para recolher lenhas destinadas ao aquecimento do Palácio e para criar fauna destinada aos reais prazeres venatórios.
O decreto refere:
“Fui servido mandar demarcar, junto à vila de Mafra, terras para se formar uma tapada para meu real serviço, as quais mandei avaliar para se pagarem a seus donos pelo seu justo preço; e, porque, por ocasião desta obra, são obrigados os moradores das ditas terras a saírem delas e estabelecerem em outras a sua habitação, o que poderão conseguir mais comodamente nos distritos das mesmas terras que largam, sou servido que, requerendo-o o corregedor do crime do bairro da Mouraria, Eusébio Tavares de Sequeira, a quem encarreguei a sobredita diligência das avaliações, o senado da Câmara de Lisboa mande logo demarcar proporcionalmente aos referidos moradores, em sítio pertencente à jurisdição do mesmo senado, e lhes faça expedir título com o foro que parecer justo, precedendo arbítrio de louvados nomeados pelas partes […] (Senado da Câmara de Lisboa, liv. 18 de cons. e dec. de D. João V, fl. 226).
A 7 de agosto é contratada a empreitada, a cargo de Gregório Coelho e Felício Nunes, para a construção do “muro de pedra e cal” que vedaria a Tapada ao longo de uma extensão de 21 km e no qual ficariam seis portões em Mafra, Paz, Murgeira, Codeçal, Gradil e Vermelha.
É D. José I, quem a 5 e 6 de outubro de 1750, realiza as primeiras caçadas reais de que há notícia na Tapada.
O Jornal de Mafra e a DGS Aconselham
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