O AVC continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal. O Dia Nacional do Doente com AVC é comemorado desde 2003 tendo por objetivo sensibilizar a população para a doença.
O AVC, seja isquémico ou hemorrágico, caracteriza-se por uma falha na irrigação sanguínea no cérebro, o que leva à morte das células, causando assim défices neurológicos.
Os principais sintomas são:
- Desvio da face – quando um lado do rosto está mais descaído ou dormente. Peça à pessoa que sorria e verifique se o sorriso está uniforme nos dois lados.
- Falta de força num braço – quando um braço está mais fraco ou dormente. Peça para elevar os dois braços e verifique se sobem os dois.
- Dificuldades na fala – quando existe confusão e dificuldade em falar. Pode pedir que repita uma frase simples e verifique se o discurso está arrastado e se existe dificuldade em articular as palavras.
Podem, no entanto, verificar-se outros sintomas, como: dificuldades na visão, em ambos os olhos; perda de coordenação e equilíbrio com tonturas e dificuldade em andar; dormência da face, braços, pernas; dor de cabeça forte e súbita.
Para prevenir a doença, devem ser adotados estilos de vida mais saudáveis, evitar-se o tabaco, o álcool e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas.
Em 2019, o INEM registou 4 415 casos de AVC – mais 919 casos que em 2018 – encaminhados para a Via Verde do AVC, ou seja, uma média de 12 casos por dia.
Os distritos onde se registaram o maior número de casos foram:
Porto: 1.041
Lisboa: 916
Braga: 432
Setúbal: 309
Aveiro: 218
Até 29 de março de 2020, o INEM registou 1 369 casos de AVC encaminhados para a Via Verde, representandoa um aumento de 353 casos em comparação com igual período de 2019.
Número de Casos/ano
2017 | 3.164 |
2018 | 3.496 |
2019 | 4.415 |
2020 | 1.369 * |
* até 29 março |
Quando se trata de um AVC a janela terapêutica é estreita, ou seja, o socorro do doente deve ser feito o mais rapidamente possível, de forma a garantir a eficácia dos tratamentos, permitindo um prognóstico mais favorável.
O SNS alerta que “considerando o contexto atual de pandemia pelo novo coronavírus, importa reforçar a necessidade de os cidadãos continuarem a ligar 112 sempre que se verifique uma situação de doença súbita ou acidente. A colaboração com os profissionais do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM é fundamental para o despiste de situações de emergência médica, como é o caso do AVC”.