O Dia Mundial da Esclerose Múltipla celebra-se anualmente a 30 de maio e tem como objetivo aumentar a consciencialização sobre esta doença neurológica crónica e autoimune.
A esclerose múltipla afeta o sistema nervoso central e pode causar sintomas como fadiga extrema, dificuldades motoras, alterações visuais e cognitivas.
Estima-se que 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo convivam com essa condição, incluindo cerca de 5 mil portugueses.
A campanha global deste ano destaca a importância do diagnóstico precoce, que pode ajudar a retardar a progressão da doença e minimizar incapacidades futuras.
Sintomas
A esclerose múltipla pode apresentar uma ampla variedade de sintomas, que variam de pessoa para pessoa e podem surgir de forma repentina ou gradual.
Alguns dos principais sinais da doença são:
- Fraqueza muscular e dificuldades para caminhar
- Fadiga extrema, mesmo após pouco esforço
- Rigidez, dor ou espasmos musculares
- Alterações visuais, como visão dupla ou embaçada
- Dificuldades para falar e engolir
- Perda de equilíbrio e coordenação motora
- Sensação de formigamento ou dorméncia nos braços, pernas ou rosto
- Problemas urinários e intestinais, como incontinência
- Alterações cognitivas, incluindo dificuldades de memória e concentração
- Mudanças de humor, podendo levar à depressão
Os sintomas podem piorar com o calor ou febre e, em alguns casos, desaparecer temporariamente antes de se voltarem a manifestar.
Tratamento
O tratamento da esclerose múltipla tem como objetivo reduzir os surtos, controlar os sintomas e retardar a progressão da doença. Aqui estão algumas das principais opções disponíveis:
- Medicamentos modificadores da doença: ajudam a reduzir a inflamação e a frequência dos surtos. Alguns exemplos incluem interferon beta, fingolimode, ocrelizumabe e teriflunomida.
- Corticosteroides: usados para tratar surtos agudos, como a metilprednisolona, que reduz a inflamação no sistema nervoso.
- Terapias de reabilitação: incluem fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia para melhorar a mobilidade e a qualidade de vida.
- Tratamentos sintomáticos: medicamentos para aliviar sintomas específicos, como espasticidade, fadiga e problemas urinários.
- Mudanças no estilo de vida: prática de exercícios físicos, alimentação equilibrada e técnicas de relaxamento podem ajudar a controlar os sintomas.
O tratamento deve ser personalizado, considerando o tipo de esclerose múltipla e as necessidades individuais de cada paciente.