Desde o ano 2000 que a 29 de Setembro se celebra o Dia Mundial do Coração.
A data foi escolhida pela Federação Mundial do Coração e tem por objectivo divulgar os perigos das doenças do coração e prevenir possíveis ataques.
Aproveitando a data, a Direcção-geral de Saúde divulgou hoje o relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares.
As principais conclusões deste relatório são as seguintes:
– Morre-se cada vez menos por doenças do aparelho circulatório;
– Redução de 39% das mortes por AVC, entre 2011 e 2015;
– Aumento em 26% dos internamentos por doenças do coração, entre 2011 e 2015;
– Consomem-se mais medicamentos mas os encargos financeiros globais do SNS são menores.
Em 2016 foi possível reduzir a mortalidade prematura por Doença Cerebrovascular e “verificou-se uma melhoria na capacidade de resposta dos serviços através da validação e monitorização da implementação da rede de referenciação (AVC, Cardiologia) e do apoio à divulgação no âmbito da participação no grupo de trabalho para a implementação da Tabela de Incapacidades no domínio da insuficiência cardíaca.”
Até 2020 os objectivos serão:
– Reduzir o número de mortes antes dos 70 anos por doença do cérebro e do coração;
– Reduzir para 7% as mortes por enfarte nos hospitais;
– Aumentar, para 470 por milhão de habitantes, o número de tratamentos por angioplastia a pessoas com Enfarte Agudo do Miocárdio;
– Aumentar para 1800 o número de pessoas com Acidente Vascular Cerebral (AVC) que têm acesso a tratamento específico;
– Reduzir o consumo de sal entre 3 a 4% ao ano na população.
A Missão para 2017-2020 será:
– Reduzir o risco cardiovascular através do controlo dos fatores de risco modificáveis com particular enfoque na HTA e Dislipidémia (que não são alvo de atuação de outros programas prioritários, como o Tabagismo, a Atividade Fisíca ou a Diabetes Mellitus);
– Garantir a terapêutica adequada nos eventos críticos, de EAM e AVC, através de um alinhamento interinstitucional que promova a utilização das Vias Verdes. Melhorar o desempenho do sistema de emergência pré hospitalar (INEM) diminuindo o risco de óbito antes da admissão hospitalar.