25 de abril | Comemorações na Escola Prof. Armando de Lucena na Malveira

 

A Escola Básica e Secundária Prof. Armando de Lucena, na Malveira foi palco de uma das poucas iniciativas que no concelho de Mafra celebraram os 48 anos do golpe de estado, que em 25 de abril de 1974 reinstaurava a democracia no país.

O Jornal de Mafra esteve ontem em reportagem na Prof. Armando de Lucena, onde acompanhámos uma aula dirigida a alunos do 10.º ano, em que um ex-preso político relatou a duas turmas a sua experiência enquanto opositor ao regime da ditadura, a sua visão daquele período histórico e a forma como sentiu na carne a prisão e a tortura a que foi sujeito, por se opor ao regime então vigente em Portugal.

Eugénio Ruivo, ex-preso político, na véspera do dia em que se completavam 48 anos da sua libertação de Caxias, uma das prisões políticas do regime da ditadura, de uma forma vivida e muitas vezes emocionada descreveu o ambiente que se vivia no país antes da revolução dos cravos, descreveu as razões que levaram à sua detenção em Caxias, a tortura a que foi sujeito, o momento da sua libertação, as lutas dos trabalhadores e dos estudantes que sublinharam o período da ditadura.

No que diz respeito ao concelho de Mafra deixamos aqui alguns dados recolhidos pela União De Resistentes Antifascistas Portugueses, que a partir de dados recolhidos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo concluiu que “no concelho de Mafra se registaram cerca de 140 prisões de antifascistas (mulheres e homens que foram privados da liberdade em diferentes freguesias do concelho de Mafra), por parte das polícias políticas PVDE/PIDE/DGS, durante a vigência da ditadura fascista (1926-1974)”.

A referida investigação apurou ainda a existência de “34 estrangeiros (refugiados) detidos na Freguesia da Ericeira do concelho de Mafra, e encarcerados em diferentes prisões (durante o período da Guerra Civil Espanhola, assim como da II Guerra Mundial): Aljube, Caxias, Angra do Heroísmo, Peniche e o Campo de Concentração do Tarrafal”.

 

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