Em Mafra, como é habitual, não haverá quaisquer comemorações nem a 24, nem a 25 de abril. As entidades municipais mantêm-se alheias ao significado da data, as oposições são anémicas, quando não coniventes com a política da maioria, as associações culturais independentes também são poucas, e quem por aqui comemora a data parece preferir deslocar-se a Lisboa e engrossar as comemorações que por lá se realizam todos os anos.
Em Mafra só os comunistas assinalarão a data, com “o habitual Almoço Comemorativo do 25 de Abril”, que terá lugar a 23 de abril de 2023, às 13h, no Pavilhão Multiusos do Sobreiro, com a participação de João Ferreira, membro do Comité Central do PCP.
Em Torres Vedras, as comemorações do 49.º aniversário da Revolução dos cravos, que restaurou o regime democrático no país, ficarão marcadas por um Concerto Tributo à Música de Intervenção a ter lugar no Pavilhão Gimnodesportivo de São Domingos de Carmões, no dia 24 de abril às 21h30.
No dia 25, às 10h30 haverá uma Sessão comemorativa do 49.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, a ter lugar no Auditório do Edifício dos Paços do Concelho de Torres Vedras.
Às 12h00, na Paços – Galeria Municipal de Torres Vedras, será inaugurada a exposição 20 Anos.
Às 12h00, na Azenha da Ponte (Ameal) será inaugurada a requalificação da Azenha da Ponte.
Em Sintra, no dia 24 de abril, pelas 21h00, no Centro Cultural Olga Cadaval apresenta-se um Concerto Comemorativo do 25 de Abril, com participação especial de Sérgio Godinho. “A Orquestra Municipal de Sintra D. Fernando II assinala o 25 de Abril com um repertório inteiramente dedicado ao cancioneiro associado à efeméride”. À voz de Sergio Godinho junta-se um recital de poesia por José Fanha, autor do livro “Era uma vez o 25 de Abril”.
Entrada livre, limitada à lotação disponível.
Ainda no Centro Cultural Olga Cadaval, mas no dia 25 de Abril, pelas 16h00, patrocinada pela Câmara Municipal de Sintra, apresenta-se a peça de teatro “País de Abril”. “Esta é a “história de um País, pelas palavras dos que fizeram história e derrubaram uma ditadura com a ajuda de uma pena e uma guitarra”. Um País em que nascia a revolução, “em que ao invés de armas, empunhavam palavras e música e, com essas, muniram toda a nação”, revela o produtor. Da ditadura à liberdade, pelas palavras de poetas como Ary dos Santos, José Gomes Ferreira, Manuel Alegre e melodias de músicos como Zeca Afonso, Zé Mário Branco, Fernando Tordo, se faz uma viagem à memória coletiva, do País de Abril. A representação é acompanhada de declamação pelo ator João de Carvalho e música por Bruno Ribeiro, na voz, Ricardo Gama na Guitarra Portuguesa e João Correia, na Guitarra Clássica”.
Entrada livre, limitada à lotação disponível.
Já em Lisboa, para além da já tradicional Marcha da Liberdade que irá descer a Av. da Liberdade, o CAOS – Clube de aventura e Orientação de Sintra e a Guarda Nacional Republicana, com o apoio da Associação 25 de abril e da Comissão para as comemorações dos 50 anos do 25 de abril vão organizar, a partir do Quartel do Carmo, uma prova de orientação urbana designada por 25 de Abril City Race – Pontos da Liberdade, que irá levar os participantes a percorrer alguns dos locais emblemáticos da Revolução dos Cravos.