A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) apresentou esta semana os dados da sinistralidade do 1.º semestre de 2023.
No 1.º semestre de 2023 (de janeiro a junho) registaram-se 17.121 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 238 mortos, 1.226 feridos graves e 19.886 feridos ligeiros no Continente e nas Regiões Autónomas.
Face a 2019 (*) verificou-se que:
- o número de acidentes diminuiu 1,7% (menos 288)
- o número de vítimas mortais diminuiu 8,5% (menos 22)
- o número de feridos graves aumentou 5,6% (mais 65)
- o número de feridos leves diminuiu 5,1% (menos 1.070)
Se compararmos os dados com o período homólogo de 2022 verifica-se um aumento nos principais indicadores – Continente: mais 1.358 acidentes (+9,0%), mais 24 vítimas mortais (+11,5%), mais 53 feridos graves (+5,0%) e mais 1.533 feridos leves (+8,7%) – mas, o desde o primeiro semestre do ano que se tem vindo a registar-se um aumento da circulação rodoviária o que representa um acréscimo no risco de acidente.
Passando a considerar apenas os dados relativos ao Continente nos primeiros seis meses de 2023, registaram-se: 16.419 acidentes com vítimas, dos quais resultaram 233 vítimas mortais, 1.120 feridos graves e 19.092 feridos leves.
Das 233 vítimas mortais, 2 registaram-se no concelho de Torres Vedras – dois atropelamentos, um no Casal Vale Peixe e outro na ER247 – e uma no concelho de Mafra – colisão na EN247.
Os dados do 1.º semestre de 2023 mostram que as vítimas mortais resultaram:
- de despistes: 115
- de colisões: 86
- de atropelamentos: 32
Enquanto os feridos graves resultaram de:
- de colisões: 512
- de despistes: 448
- de atropelamentos: 160
A maioria dos acidentes (13 035) ocorreram dentro das localidades, mas a maioria das vítimas mortais (117) registaram-se fora das localidades.
Os distritos onde se registaram mais acidentes com vítimas mortais foram: Porto (34), Setúbal (23) e Lisboa (21).
O mês com mais vítimas mortais nas estradas foi abril (53), seguindo-se junho (45) e janeiro (42). Fevereiro foi o mês com menos vítimas mortais (28).
Junho foi o mês com maior número de feridos graves (228), seguindo-se abril (218) e maio (180). Fevereiro foi o mês com menos feridos graves (158).
Nos seis primeiros meses do ano, o dia da semana onde se registaram mais acidentes, foi a 6.ª feira (2.789), seguindo-se a 5.ª feira (2353) e a 2.ª feira (2340). O domingo foi o dia da semana em que se registaram menos acidentes (2107). Os sábados foram os dias nos quais se registaram mais vítimas mortais (54).
O período horário entre as 18h00 e as 21h00 foi o mais mortal nas estradas portuguesas, com 51 vítimas, seguido do período horário entre as 21h00 e as 00:00 (31). Registaram-se 249 dos feridos graves no período entre as 18h00 e as 21h00. Já o intervalo entre as 15h00 e as 18h00 foi período no qual se registaram mais acidentes (3 663).
A maioria dos acidentes ocorreu com bom tempo (14 538), enquanto 1 793 acidentes ocorreram com chuva e 42 com nevoeiro.
Entre janeiro e junho de 2023, a maioria das vítimas mortais foram condutores (169), seguindo-se os peões (33) e por fim os passageiros (31).
Nos primeiros seis meses de 2023, a maioria dos veículos intervenientes nos acidentes foram veículos ligeiros (19068), seguindo-se os motociclos (4301) e os velocípedes (1513). 84 acidentes envolveram veículos agrícolas.
(*) Considerando que os anos de 2020 e de 2021 registaram quebras significativas da circulação rodoviária face a 2019 e, consequentemente, na sinistralidade, a Comissão Europeia decidiu adotar este ano para fixação e monitorização das metas a atingir em 2030.