22 e 23 agosto 2023 foram dos dias mais quentes dos últimos 15 anos

estado do tempo calor

 

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) refere que nos dias 22 e 23 de agosto de 2023 se registaram “no território do continente valores muito elevados da temperatura do ar” tendo mesmo “sido ultrapassados anteriores máximos históricos em algumas estações”.

A análise preliminar dos dados indica que os dias 22 e 23 de agosto foram, respetivamente, o 5º e 6º mais quentes dos últimos 15 anos em Portugal continental, com valores médios da temperatura média de 29.35 °C e 28.76 °C (…)”, acrescenta ainda o IPMA.

De destacar os 45,6 °C registado nas estações de Alvega e do Pinhão no dia 22 de agosto e os 45,0 °C em Alvega e de 44,8 °C no Pinhão no dia 23 de agosto.

O IPMA salientou ainda que no dia 22 de agosto, os:

  • Valores de temperatura máxima do ar 40 °C ocorreram em cerca de 50% do território, e acima de 42 °C em 15% do território;
  • Valores de temperatura máxima do ar 35 °C ocorreram em cerca de 80% do território;
  • Valores de temperatura máxima do ar 30 °C ocorreram em praticamente todo o território (com exceção de 5 estações – Cabo Carvoeiro, S. Pedro Moel, Santa Cruz, Cabo da Roca e Cabo Raso);

dia 23 de agosto, os:

  • Valores de temperatura máxima do ar 40 °C ocorreram em cerca de 40% do território, e acima de 42 °C em 6 % do território;
    Valores de temperatura máxima do ar 35 °C ocorreram em cerca de 70% do território;
  • Valores de temperatura máxima do ar 30 °C ocorreram em quase todo o território (com exceção de 7 estações – Viana do Castelo, Cabo Carvoeiro, S. Pedro Moel, Santa Cruz, Almada, Cabo da Roca e Cabo Raso).

Os dias 22 e 23 de agosto de 2023 apresentaram ainda, respetivamente, os 5.º e 10.º maior valor médio da temperatura máxima e o 8.º e 11.º maior valor médio da temperatura mínima.

Segundo o IPMA, esta situação deveu-se à “influência de uma massa de ar quente e seco com origem no norte de África, transportada na circulação resultante de um anticiclone localizado sobre o Golfo da Biscaia e de um vale depressionário centrado no sul da Península Ibérica, sendo reforçada por uma crista anticiclónica em altitude sobre a Península Ibérica e pela situação de seca que o território do Continente tem vindo a atravessar.”.

 

 

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