António Costa visitou hoje o Palácio Nacional de Mafra para visitar as obras de instalação do Museu Nacional da Música e para conhecer o projeto de instalação do museu neste espaço.
A 1 de outubro de 2024, Dia Mundial da Música, a ala norte Palácio Nacional de Mafra deverá ser palco da cerimónia de inauguração das novas instalações do Museu Nacional da Música, instalado atualmente na estação do metropolitano do Alto dos Moinhos, em Lisboa.
Esta obra, fruto de um investimento de 5,5 milhões de euros, decidido pelo governo e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência, requalifica uma área 7.500 m² do palácio, que passará a dispor de um espaço expositivo com cerca de 2.000 m², permitindo duplicar o número de peças atualmente expostas, e propiciando momentos de “imersão” dos visitantes na música e na sua história.
António Costa visitou o espaço acompanhado pelo do Ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva e pelo Presidente da Câmara de Mafra, Hélder Silva, pelo Diretor do Museu da Música, Edward Ayres de Abreu e pelos diretores do Palácio Nacional de Mafra, Sérgio Gorjão e da Tapada Nacional de Mafra, Carlos Pais.
Nos useiros discursos que sempre encimam este tipo de atos, Hélder Silva elogiou António Costa — afinal, tratam-se por tu, fruto do seu convívio na Área Metropolitana de Lisboa quando esta era presidida pelo atual primeiro-ministro — e “pedinchou” mais dinheiro, argumentando com o aumento generalizado dos preços.
António Costa revelou que o governo, através do PRR irá investir no concelho de Mafra, só na área da cultura, cerca de 19 milhões de euros, deixando a porta aberta para outros investimentos na área do mar.
Têm sido comuns as derrapagens do valor e dos prazos, de algumas obras municipais importantes do concelho de Mafra. As obras de instalação do Museu da Música, embora pagas pelo estado, terão a câmara de Mafra como dona da obra, havendo, pois, alguma expetativa relativamente ao cumprimento de preços e de prazos.
Hélder Silva está no seu último mandato à frente da câmara, e esta será talvez a última grande obra em cuja inauguração irá participar, uma vez que as próximas autárquicas ocorrerão em setembro/outubro de 2025 e que em maio/junho de 2024 ocorrerá a eleição dos deputados ao Parlamento Europeu, uma das saídas possíveis de Hélder Silva, caso se queira manter na vida política, como tudo leva a crer que aconteça.
Quanto a sucessores à frente da câmara, dizem-nos que Aldevina Rodrigues, atual vice-presidente, não estará interessada no cargo, a assim ser, os nomes mais citados para suceder a Hélder Silva passam por Joaquim Sardinha, atual vice-presidente da CCDR de Lisboa e Vale do Tejo por indicação do PSD, político experiente e muito bem entrosado com o aparelho do partido em Mafra, por José Bizarro, atual presidente da Assembleia Municipal, com ótimos contactos na área financeira nacional, ou por Hugo Luís, atual presidente de comissão política local do PSD e “ministro” das finanças da câmara de Mafra.
[atualização a 11.08.23 às 18:03]