Mafra | Contratos para intervenções no Palácio e protocolo para instalação do Arquivo Nacional do Som assinados hoje

 

Decorreu hoje de manhã na Sala do Trono do Palácio de Mafra, a assinatura de contratos inseridos no PRR para intervenções no Palácio Nacional de Mafra e do protocolo para a instalação do Arquivo Nacional do Som.

A cerimónia contou com a presença da Ministra da Cultura, Graça Fonseca, da Secretária de Estado Adjunta, do Património Cultural, Ângela Ferreira, do Presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Silva e da Diretora interina do palácio, Fernanda Santos, entre outras entidades.

Fernanda Santos mostrou o seu agrado pela decisão de levar “finalmente” avante este investimento no palácio, saudando o novo diretor, Sérgio Gorjão – que não esteve presente – afirmando que tomará posse no contexto de uma conjuntura excelente, agora que se concretizam estes importantes investimentos.

Hélder Silva saudou a ministra da cultura fazendo um balanço muito positivo do seu consulado à frente do ministério e agradeceu a sensibilidade e o espírito de colaboração que manifestou sempre relativamente aos problemas do palácio e do concelho. Numa “inconfidência” revelou que estará aprazado já para janeiro ou fevereiro de 2022, o lançamento do concurso para as obras de instalação do Museu Nacional da Música. Também referiu a importância do protocolo para instalação em Mafra do Arquivo Nacional do Som, uma ideia inicialmente lançada por Elísio Summavielle aquando da sua passagem pela câmara de Mafra, enquanto vereador da oposição.

Graça Fonseca, realçou a importância da cultura no desenvolvimento do país e nesse contexto, o papel do Palácio Nacional de Mafra enquanto “joia do património cultural”, dando Mafra como um bom exemplo, lembrando a reabilitação dos carrilhões, a perspetiva de instalação do Museu Nacional da Música na vila e também a vinda para aqui, do Arquivo Nacional do Som.

De realçar os 243 milhões de euros que o governo destinou para investir na cultura a nível nacional, no contexto das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência. “Deste investimento, 150 milhões de euros destinam-se à valorização, salvaguarda e dinamização do Património Cultural e 93 milhões de euros serão afetos à Transição Digital das Redes Culturais para a modernização tecnológica e digitalização de artes, literatura e património. Estes investimentos vão salvaguardar e valorizar o património cultural e natural, promover o emprego e a atração de novos públicos, fortalecendo as redes no território”, refere o GEPAC (Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais) em nota de imprensa.

Na mesma nota de imprensa, o GEPAC fornece ainda informação que permite detalhar os investimentos subjacentes aos protocolos hoje assinados em Mafra.

As obras de reabilitação do monumento compreendem coberturas e conservação de fachadas, assim como reabilitação dos Torreões Norte/Sul, conservação e restauro da Biblioteca e reabilitação da Basílica, assim como instalação de rede wifi. O investimento total previsto é de praticamente 9 milhões de euros e as obras deverão durar cerca de dois anos, com início agendado para o terceiro trimestre de 2023 e conclusão no final de 2025.

A outra intervenção no Palácio Nacional de Mafra tem como objetivo a instalação definitiva do Museu Nacional da Música, num investimento superior a 3,2 milhões de euros e cujas obras deverão arrancar já no início de 2022 e estar terminadas no primeiro trimestre de 2023.

Em estreita articulação estratégica, o Município de Mafra deverá receber a instalação do Arquivo Nacional do Som. Assim, será igualmente assinado um protocolo de colaboração entre o Município e o Ministério da Cultura, através da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas.

Este protocolo prevê que o Município disponibilize um imóvel para a instalação do Arquivo, bem como execute o programa preliminar e o projeto de arquitetura, num trabalho concertado com a Equipa de Instalação do Arquivo Nacional do Som e com a DGLAB. Esta decisão permitirá salvaguardar, preservar e divulgar a totalidade do património sonoro nacional, numa lógica colaborativa entre as entidades públicas e privadas.

 

 

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