Depois de, na quarta-feira passada, 20 pessoas terem desmaiado (acometidas de síncope) em Mafra, após a toma da vacina da Janssen, o INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) decidiu suspender a administração do lote de vacinas da Janssen.
No seguimento da ocorrência de um conjunto de episódios de síncope, que ocorreram ontem no CVC de Mafra, num curto espaço de tempo e conforme comunicado pela ARS de Lisboa e Vale do Tejo, com potencial associação a questões de qualidade, o INFARMED determinou a suspensão do lote XE 393 da vacina da Janssen, por precaução, de forma a averiguar uma possível relação de defeito de qualidade dos frascos da vacina, especificamente naquele Centro de Vacinação, com os referidos episódios.
O INFARMED recolheu amostras de todos os lotes da vacina da Jansen e procedeu à sua análise laboratorial no Laboratório de Comprovação da Qualidade do próprio instituto. As análises efetuadas “confirmaram a conformidade de todos os lotes que se encontram no circuito de distribuição, de acordo com as especificações aprovadas em sede de avaliação pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA)“.
Tal como informado anteriormente, não foram reportados, até à presente data, suspeitas de defeito de qualidade deste lote noutros centros de vacinação em que o mesmo está a ser utlizado. Informamos também que, deste lote, foram inoculadas nos centros de vacinação portugueses, até 14 de julho, cerca de 20.000 doses, não tendo sido reportados mais casos de reações adversas para além dos casos acima referidos.
De acordo com estes dados, o INFARMED decidiu “revogar a decisão de suspensão de utilização do mesmo, podendo neste sentido ser utilizado pelos Centros de Vacinação“. O INFARMED revelou ainda que o lote em causa “foi distribuído a todos os Estados-membros da União Europeia, não tendo sido rececionado até à presente data, neste Instituto, qualquer suspeita de defeito de qualidade com o mesmo“.
Assim o instituto reafirma que “a COVID-19 Vaccine Janssen, como as restantes vacinas contra a COVID-19 autorizadas na União Europeia, são seguras e eficazes“.
E a malta daí de Mafra, especialmente a do escalão etário das vítimas de síncope, reagiu bem à nova decisão do Infarmed e está confiante sobre a continuação de utilização do mesmo lote?