Mais uma vez. o problema dos telefones no centro de saúde de Torres Vedras foi tema na sessão de Assembleia Municipal (AM) que ontem se realizou.
Desta feita, foi Joaquim Moedas Duarte, em nome da CAUSA – Associação de Cidadãos Amigos da Unidade de Saúde Arandis, que fez uma intervenção sobre os problemas na utilização das linhas telefónicas do centro de saúde, problemas que persistem à algum tempo.
A maior preocupação da CAUSA neste momento “tem a ver com os sistemas de comunicação telefónica e informático no Centro de Saúde de Torres Vedras, no qual se integra a Unidade de Saúde Familiar Arandis”, acrescentando que “ao contrário do que o Sr. Director Executivo do ACES Oeste Sul informou, o problema dos telefones do Centro de Saúde de Torres Vedras não foi resolvido. A Central é obsoleta, tem apenas um número e as chamadas caem com frequência, bloqueando o sistema. Não há telefonista para atendimento de telefonemas! As chamadas são atendidas pelos secretários clínicos que, simultaneamente, fazem atendimento presencial; marcam / desmarcam / remarcam consultas; respondem a mails (uma média superior a 100 por dia) e dão apoio aos médicos e enfermeiros […] entretanto, por orientações emitidas por Despacho do Ministério da Saúde, desde 16 de Março, devem privilegiar-se os contactos não-presenciais com os utentes, e estes são convidados a usarem o telefone. Mas o utente que quer telefonar, tenta, tenta e desespera e o passo seguinte é culpar os funcionários, achar que eles estão a dormir ou que desligam os telefones”.
Joaquim Moedas Duarte terminou a sua intervenção fazendo um apelo: “estamos todos a viver um período muito difícil, que se vai agravar mais nos próximos meses. A situação não se compadece com mais atrasos nem com desculpas burocráticas. Foi possível à Câmara Municipal construir rapidamente instalações de ampliação do Centro de Saúde para responder aos problemas da Covid 19. Apelamos para que se encontre rapidamente uma solução para os problemas técnicos dos telefones e do sistema informático do Centro de Saúde de Torres Vedras, no qual se integra a USF Arandis”.
José Augusto de Carvalho, Presidente da AM, relembrou que numa sessão anterior a assembleia manifestou disponibilidade “para nos cotizarmos, se o problema fosse de falta de verba” uma vez que o problema de verbas é muitas vezes apontado como motivo para a não resolução dos problemas.
O Presidente da AM referiu ainda, que em carta enviada a AM pelo diretor executivo, António Martins, refere que “o problema não é financeiro e que está em vias de ser resolvido”. José Augusto de Carvalho termina dizendo “eu pessoalmente fico na espectativa e congratulo-me que o problema não seja financeiro”.
Sobre esta situação, a deputada Rita Sammer (PSD) referiu ser importante “não desfocar o problema do problema central” referindo-se ao problema da falta de médicos de família. Acrescentando que a questão da central telefónica é “fundamental porque mostra que há pessoas que estão a ficar para trás, mas também há outras pessoas que estão a ficar para trás porque nem sequer tem para quem telefonar”.
Mais uma vez, o senhor delegado de saúde do ACES Oeste Sul esteve ausente desta reunião noturna, alegadamente, devido a múltiplos afazeres profissionais.
