Modernização da linha do Oeste aguarda visto do Tribunal de Contas

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“A empreitada para a Modernização do troço da Linha do Oeste, entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, foi adjudicada pelo valor de 61,5 milhões de euros, no âmbito do Programa Ferrovia 2020”, informou a Infraestruturas de Portugal (IP).

Segundo a IP, o projeto de modernização da Linha do Oeste, entre Mira Sintra-Meleças e Caldas da Rainha, será “executado de forma faseada no terreno dividido em duas empreitadas. A primeira corresponde à eletrificação e modernização do troço entre Mira Sintra-Meleças e Torres Vedras, e a segunda à intervenção no troço entre Torres Vedras e Caldas da Rainha”.

Nesta primeira fase a “obra tem como objetivo a eletrificação e requalificação da via, num troço com 43 quilómetros” e prevê os seguintes trabalhos:

  • Criação de dois desvios ativos, com uma extensão total de 16 quilómetros, para permitir o cruzamento de comboios sem necessidade de paragem – desvio ativo 1, com cerca de 10 quilómetros, entre a estação de Mira Sintra-Meleças e o apeadeiro de Pedra Furada e o desvio ativo 2, com cerca de 6 quilómetros, entre a estação da Malveira e o quilómetro 44,3 (a sul do Túnel da Sapataria);
  • Eletrificação integral do troço no sistema 2 x 25kV – 50 Hz;
  • Trabalhos de beneficiação em cinco estações e seis apeadeiros, com a criação de acessos para pessoas com mobilidade condicionada às plataformas de passageiros e alteamento das plataformas;
  • Automatização e supressão de Passagens de Nível;
  • Construção de nove passagens desniveladas;
  • Reabilitação estrutural e rebaixamento da plataforma ferroviária para colocação da catenária nos túneis de Sapataria, Boiaca, Cabaço e Certã;
  • Instalação de Sinalização Eletrónica, Telecomunicações e GSM-R (a presente empreitada a lançar tem a cargo a execução de caminhos de cabos, preparação de salas técnicas e instalação de antenas);
  • Instalação do Sistema de Retorno de Corrente de Tração e Terras de Proteção.

 

O contrato que foi adjudicado a um consórcio luso-espanhol “será agora remetido para o Tribunal de Contas para obtenção do necessário Visto Prévio”.

Após o visto do Tribunal de Contas “proceder-se-á consignação da empreitada e iniciar-se-ão os trabalhos no terreno” o que deverá acontecer este Verão. Os Planos de Contingência de mitigação da situação epidemiológica provocada pela COVID-19 estão a dificultar a calendarização.

A modernização da Linha do Oeste compreende um investimento total de cerca de 155 milhões de euros que será financiado em 85% por fundos comunitários.

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