Mafra e Sintra irão sofrer com a subida do nível das águas do mar

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) apresentou recentemente o Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas da Área Metropolitano de Lisboa.

A subida do nível médio das águas do mar, as secas, as cheias e o calor extremo são as principais preocupações que o plano refere para a região. A informação disponível aponta para que, uma vez que não é possível atuar em todo o lado ao mesmo tempo, será necessário que cada município analise e pondere quais são os locais onde se deve atuar prioritariamente.

Segundo os dados disponíveis, o concelho de Mafra será um dos mais afetados com a subida do nível das águas do mar, bem como todos os outros municípios situados na zona costeira, particularmente Sintra, Sesimbra e Setúbal.

Sérgio Barroso, coordenador do plano, referiu que “assistimos há muitos anos a uma redução crescente da dimensão das praias e isso vai-se agravar(…) não vamos ter uma subida súbita das águas do mar amanhã, mas temos dados que apontam – e são consistentes com os dados internacionais – para uma subida das águas do mar até ao final deste século, que poderá ir até aos 90 centímetros

As cheias irão ter maior impacto em concelhos como Cascais, Oeiras, Sintra, Loures e Odivelas.

As ondas de calor tem aumentado nas últimas quatro décadas, quer na duração, quer na regularidade, atuando sobre os sistemas ecológicos com “implicações muito críticas sobre a saúde humana“. Os concelhos de Mafra e Sintra serão os que menos irão sofrer com estas alterações devido “ao ar proveniente da sua frente atlântica” que “tem um efeito de mitigação dos extremos térmicos“.

Os 18 municípios da AML assinaram, na 6ª feira, um documento, comprometendo-se a tomar medidas políticas, de acordo com as especificidades identificadas para os respetivos concelhos.

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