Em função das notícias vindas a público, a propósito do eventual “represamento do caudal do rio Safarujo” na Freguesia de Santo Isidoro-Mafra, a 27 de Julho, o PAN (partido Pessoas-Animais-Natureza) apresentou uma queixa ao Serviço de Protecção da Natureza da GNR (SEPNA).
O PAN comunicou-nos agora a resposta da GNR à denúncia então apresentada. Diz a GNR, em comunicação datada de 11 de Setembro, que:
O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR (SEPNA/GNR), através do Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial de Mafra, deslocou-se ao local, em dias e horários diferenciados, efetuando diversas diligências, verificando a existência de sete represas, apurando que as obras de construção das represas e da limpeza da linha de água terão sido efetuadas com recurso a uma máquina retroescavadora. As represas foram construídas com aterro de areias no leito do rio do Safarujo de forma a impedir a passagem de água, originando uma massa de água artificial/superficial significativa, a montante da mesma […] o SEPNA ao longo dos cerca de 09 km percorridos, não detetou qualquer espécie morta ou moribunda […] o SEPNA elaborou seis Autos de Notícia por Contraordenação – por falta de autorização para realização de aterros ou escavações em recursos hídricos.
Os munícipes do concelho, os fregueses da Freguesia de Santo Isidoro e os cidadãos em geral tomam assim conhecimento das investigações levadas a efeito pelas autoridades. Confirmam-se as intervenções operadas por particulares no leito do rio, ao arrepio da lei. Isto só foi possível porque houve cidadãos que alertaram para estes eventos, porque houve uma força política que utilizou os meios legais à sua disposição para esclarecer a situação, entendendo que a democracia não sobrevive sem uma imprensa livre.