Este ano, durante esta campanha de luta contra o fogo, já morreram 5 bombeiros e 1 comandante de uma aeronave em ações de combate aos incêndios em Portugal, havendo ainda a registar 5 feridos na unidade especial de proteção e socorro da GNR.
Duarte da Costa, Comandante Nacional da Proteção Civil, apela a todos para a não utilização do fogo: “faço um apelo à cidadania de todos os portugueses que não usem o fogo nestes períodos”.
O Comandante Nacional da Proteção Civil referiu ainda que muitas das ocorrências se devem “às práticas ancestrais quer para a queima de pasto, quer para a queima de sobrantes agrícolas, quer para as queimas e queimadas para aproveitar e adubar os próprios terrenos”. Tendo acrescentando que “temos todos que lutar e puxar para o mesmo lado que é acabar com estas ocorrências”.
Eduardo Cabrita, Ministro da Administração Interna, referiu ontem à saída da reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional, que “cerca de um terço dos incêndios deste ano devem-se à ação humana negligente, isto é, trabalhos agrícolas, trabalhos com máquinas e outras razões várias” e 23% dos incêndios têm ainda uma “causa intencional determinada”.
O ministro revelou ainda que até ao dia de ontem foram detidos 101 incendiários, 42 foram detidos pela Guarda Nacional Republicana e 59 pela Polícia Judiciária, detidos que se encontram “atualmente em prisão preventiva ou detenção domiciliária”.
O Comandante Nacional da Proteção Civil afirmou que “não vale a pena dizer que faleceram 5 bombeiros, não, não foram 5 bombeiros, foi o José Fernandes, foi o Carlos Carvalho, foi o Filipe Pedrosa, foi o Diogo Dias e foi o Pedro Ferreira (…) são pessoas que deixam família, que deixam amigos e que deixam atrás de si toda uma vivência de poderem contar com eles(…) contamos com estas pessoas e estas pessoas morreram porque o fogo mata (…).”
Os nomes dos falecidos, aqui ficam, para que seja possível aprender, mudar comportamentos e assegurar que não voltará a acontecer.
11 de julho – José Augusto, de 55 anos, chefe de equipa dos bombeiros voluntários de Miranda do Corvo
Outro bombeiro ficou em estado grave tendo no incêndio na Serra da Lousã.
18 de julho – Filipe Pedrosa, de 34 anos, dos bombeiro dos Voluntários de Leiria
O incêndio deflagrou na freguesia de Arrabal, concelho de Leiria.
25 de julho – Diogo Dias, de 21 anos, da corporação de Proença-a-Nova
Neste incêndio de grandes dimensões que deflagrou no concelho de Oleiros ficaram ainda feridos 4 bombeiros, 2 deles com gravidade
30 de julho – Carlos Carvalho, de 40 anos, da corporação de Cuba
Morreu ao fim de 18 dias em coma depois de ter ficado gravemente ferido num incêndio que deflagrou em Castro Verde
8 de agosto – Jorge Jardim, de 65 anos, piloto de um avião Canadair
Durante o combate a um incêndio no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
7 de setembro – Pedro Ferreira, 41 anos, da corporação de bombeiros de Oliveira dos Frades
O incêndio deflagrou no concelho de Oliveira de Frade