A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) apresentou na semana passada os dados da sinistralidade, fiscalização e contraordenações do 1.º semestre de 2023.
Sobre a sinistralidade nas estradas portuguesas, no 1.º semestre de 2023 registaram-se 17.121 acidentes, dos quais resultaram 238 mortos, 1.226 feridos graves e 19.886 feridos ligeiros no Continente e nas Regiões Autónomas (saber mais).
Relativamente à fiscalização de veículos e condutores, entre janeiro e junho de 2023 foram fiscalizados 69,9 milhões de veículos (+15,7% que no ano anterior) – quer presencialmente, quer através de meios de fiscalização automática – e foram registadas a 529,9 mil infrações (+ 19,7% que no ano anterior).
O número de infrações registadas por tipo está assim dividida:
- Velocidade: 395 628
- Outras: 114 56
- Ausência de Inspeção periódica obrigatória: 31 723
- Condução sob efeito do álcool: 17 052
- Uso do telemóvel: 11 280
- Não utilização de cintos de segurança: 10 942
- Ausência de seguro: 10 500
- Ausência de sistemas de retenção para crianças: 1 260
Os dados mostram que a principal infração registada foi o excesso de velocidade (66,7%).
No primeiro semestre de 2023 foram submetidos ao teste de pesquisa de álcool 966,8 mil condutores (mais 29,3% que em período homólogo de 2022) e a taxa de infração (n.º de infrações por álcool/n.º de testes efetuados) baixou em relação aos primeiros seis meses de 2022 (passou de 2,1% para 1,8%).
Quanto à criminalidade rodoviária foram detidos 18 192 condutores, representando um aumentou de cerca de 12,9% face a 2022. Os motivos destas detenções foram os seguintes:
- 10 025 devido à condução sob o efeito do álcool
- 6 424 por falta de habilitação legal para conduzir
- 1 743 outros
Até final de junho de 2023, 588,3 mil condutores perderam pontos na carta de condução.
Desde a entrada em vigor do sistema de carta por pontos, em junho de 2016, 2.645 condutores ficaram com o seu título de condução cassado.
Os dados referem-se a operações de fiscalização efetuadas entre janeiro e junho de 2023 pelas Forças de Segurança (GNR e PSP), pela Polícia Municipal de Lisboa (PML), bem como os dados referentes à fiscalização realizada através do sistema de radares fixos (SINCRO) da ANSR a funcionar no território continental.