Voz do Leitor | Barril paga taxa de saneamento, mas não tem saneamento básico

VOZ DO LEITOR

 

As faturas de Consumo de água no Município de MAFRA, apresentadas a cobrança pelo SMAS na freguesia da Encarnação e outras do concelho de Mafra, desde janeiro que passaram a conter a taxa de saneamento, situação que agrava substancialmente a fatura final dos munícipes.

Pese embora a tarifa ser altíssima (acresce  90% do valor de água consumida, acrescida da taxa de resíduos sólidos) seria “compreendido” se efetivamente as habitações estivessem dotadas de saneamento básico.

No entanto há mais de 20 anos que a população do Barril faz abaixo assinados, requerimentos, etc, solicitando as obras de saneamento sem que a CMM as tivesse executado. São mais visíveis  os auditórios da Malveira e/ou passeios pedonais, etc., ficando o saneamento para “um dia”………….

A sustentabilidade e salubridade  dos munícipes de Mafra são substantivos que nesta questão das taxas não  fazem  parte da  prática política. Só mesmo do discurso.

 Qual o enquadramento legal para aplicar uma taxa para a qual não existe qualquer serviço associado? A taxa aplica-se pela contraprestação de um serviço.

 Ora não havendo serviço por parte da CMM existe antes um IMPOSTO.

A solução indicada pelo SMAS, da possibilidade dos consumidores poderem proceder a requerimento solicitando o esvaziamento 2x por ano é no mínimo “surreal” injusta e ao arrepio de qualquer tratamento equitativo entre consumidores do município. É que para esta situação de esvaziamento aconteça o proprietário tem que fazer requerimento e estar sujeito a várias   condições do SMAS, entre outras:

No esvaziamento o requerente ou seu representante tem que estar presente durante a permanência dos trabalhadores;

A abertura e fecho das fossas são da responsabilidade do requerente;

O acesso à fossa  tem que ser adequado às viaturas pesadas do SMAS, sendo tal da responsabilidade do requerente.

 Como podem os requerentes garantir acessos e horários impostos pelos serviços dos SMAS? Os requerentes não trabalham nesses dias para estarem a assegurar as condições do SMAS?

De que igualdade de tratamento entre municípios falamos? É que o pagamento é igual aos demais que já estão servidos com a rede de saneamento básica, a qual foi construída com o dinheiro de todos.

 E que CMM e SMAS não venham dizer que é uma recomendação da entidade ERSAR , pois é mesmo só isso, uma recomendação.

A saúde pública bem como o tratamento equitativo  dos munícipes do Concelho de Mafra não são recomendações, são deveres de quem tem a responsabilidade do executivo da CMM E SMAS.

O que dizer desta fantástica medida do Senhor Presidente da CMM, que é o presidente do SMAS.

[Leitor pediu anonimato]

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