Torres Vedras | Marcha pela Saúde exige ações do governo

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Cerca de duzentas pessoas manifestaram-se ontem em Torres Vedras contra a “forma como a saúde dos torrienses está a ser tratada, sem alternativas à vista e agravada semana após semana sem que surjam soluções por parte do Ministério da Saúde”.

A marcha foi organizada a partir da Câmara Municipal (PS com maioria absoluta) e congregou todas as forças políticas locais.

No início da manifestação, Laura Rodrigues, Presidente da Câmara Municipal, leu um Manifesto muito crítico da política de saúde do governo, nomeadamente no que diz respeito aos problemas crónicos que afetam as estrutura de saúde do concelho de Torres Vedras.

No referido Manifesto pode ler-se que “a população tem dado sinais claros da sua insatisfação face às necessidades urgentes de mais e melhores cuidados de saúde”, insatisfação mais evidente “depois da deliberação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde que determinou o encerramento noturno do Serviço de Urgência de Pediatria na Unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste, o próprio Município desconhecia até ser anunciada através da comunicação social“.

Ainda segundo o Manifesto a que temos vindo a aludir, a Marcha teve por objetivo “demonstrar o sentimento de desagrado quanto à forma como a saúde dos torrienses está a ser tratada, sem alternativas à vista e agravada semana após semana sem que surjam soluções por parte do Ministério da Saúde“.

Percebe-se que as duas principais razões que levaram à convocação da manifestação, e que estão na base da dureza de linguagem utilizada no Manifesto, se relacionam com o encerramento do Serviço de Urgência Pediátrica e com o adiamento da decisão sobre a localização do novo hospital do oeste, e claro está, com a crónica falta de médicos no concelho.

A ineficácia e inoperância do Ministério da Saúde está a impossibilitar um serviço permanente de proximidade a esta população!


É importante que se saiba a fragilidade em cuidados de saúde com que viva a população! Mais de 39.000 utentes não têm médico de família. Quer isto dizer que são já 45% dos utentes inscritos sem acesso a cuidados de saúde de proximidade!” refere-se ainda, não deixando, no entanto, de se manifestar em defesa do Serviço Nacional de Saúde.


[Créditos da imagem: FB Laura Rodrigues]

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