Bons números justificam regulamentação do jogo online em Portugal

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Em 2015 Portugal entrou para a lista dos países que legalizaram os jogos de azar do país através da lei nº 66/2015. Antes disso, muitos jogadores jogavam clandestinamente, colocando em risco sua segurança, já que os sites estrangeiros não ofereciam quaisquer garantias e era impossível cobrar algo nessas circunstâncias.

Com a legalização, empresas de todos os continentes voltaram os olhos para o mercado português, um público que gosta de jogos de todos os tipos. A regulamentação ficou sob o comando da SRIJ (Sociedade de Regulação e Inspeção de Jogos), organismo pertencente ao Turismo de Portugal.

Não somente as casas estrangeiras demonstraram interesse. As tradicionais casas de jogos portuguesas resolveram investir e desenvolver versões online de seus ambientes, bem como operadores que já funcionavam em outros países e lá eram regularizados, pediram autorização de funcionamento em Portugal.

Por sua parte, o Governo também saiu a ganhar, já que os casinos são tributados entre 25% e 40% a depender da atividade ou jogo e também declarar ganhos pagando os devidos impostos. Isto gera uma receita gigantesca para os cofres públicos a cada ano.

Tal acerto veio favorecer a indústria que está em franca expansão no mundo, o das apostas e jogos de azar. E o que por muito tempo foi uma atividade sem a devida fiscalização, hoje pode ser considerada um enorme sucesso, a julgar pelo número de casas de apostas e casinos online autorizados em Portugal, que operam seguindo todas as diretrizes de segurança e Jogo Responsável.

De 2015 para cá, os casinos e casas de apostas foram se aperfeiçoando em todos os sentidos: integrando seus sistemas com alta tecnologia, investindo em softwares que melhorem a experiência dos seus clientes e simulações que cheguem ao mais real possível.

Dentre algumas das exigências para o funcionamento estão a necessidade de mostrar toda a documentação em dia, oferecer métodos seguros de pagamento, rígido controle com relação à idade (menores não podem se inscrever nos sites), assegurar que profissionais do Governo (como policiais membros e outros profissionais do Estado) não possam se inscrever. Tudo isso para manter a idoneidade e transparência e prevenir atividades criminosas.

Os casinos também devem oferecer recursos de apoio ao jogo responsável, para que, caso necessitem, os jogadores procurem apoio. Outro recurso apresentado por vários casinos é o controle de tempo e valores gastos, que podem ser facilmente definidos pelo usuário. Tudo isso possibilitou um aumento da confiança do público e um aumento progressivo nas premiações e jackpots, além de apostas desportivas.

Como medida protetiva, o SRIJ também está em constante alerta para que casas ilegais não comecem a atuar no cenário nacional e assim prejudicar todo o trabalho de conscientização já realizado até o presente momento.

Números mostram que os portugueses estão mais confiantes com relação aos casinos

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Tudo isso é refletido nos números apresentados pelo SRIJ. Segundo o órgão, houve um aumento de 23,6% nas receitas no primeiro trimestre deste ano, com relação a 2021. Isto representa uma generosa cifra de € 158,6 milhões, 30 milhões a mais do que o mesmo período do ano anterior.

Com relação aos segmentos, enquanto as apostas desportivas online geraram um total de € 77,7 milhões (11,8% a mais que o ano anterior), nos casinos os rendimentos somaram mais de € 80,9 milhões (37,6% a mais). O relatório também aponta que foram criadas 215.600 novas contas, enquanto houve a exclusão (voluntária ou por problemas cadastrais) de cerca de 118.900 contas.

Essa somatória mostra a preferência do público pelos casinos online em detrimento das apostas. Mas também mostra o quão positivo vem sendo as campanhas das casas quando oferecem promoções, bónus, bons métodos de pagamento e jogos variados.

O SRIJ também detalha que dentre os jogos preferidos, estão aqueles mais tradicionais como os slots (campeão de acessos também nos casinos físicos), as roletas (a francesa sendo a preferida) e o blackjack.

Fato deveras curioso é que o acesso aos casinos online também está mudando hábitos, já que houve uma diminuição na procura por casinos físicos. Mesmo assim, essas casas de jogos presenciais arrecadaram € 663.950 milhões, nem de longe um número pequeno.

Mas para que o movimento de crescimento continue e a indústria se desenvolva ainda mais há certas necessidades que devem estar em constante actualização: as plataformas de hospedagem devem estar sempre a oferecer melhores opções de segurança, rapidez e conteúdo; enquanto que, por sua vez, os equipamentos utilizados pelos clientes (sejam computadores ou telemóveis) devem manter-se atuais e com uma boa velocidade de conexão e processamento.

E o que podemos concluir com isso é a forte tendência dos usuários em buscar a liberdade de acessar os seus jogos independentemente do local (dentro do território) e horário. Não ter que deslocar para o ambiente de jogos é algo bem-vindo tanto para jovens quanto para o público mais idoso. Neste ponto, Portugal mostra que está em consonância com o cenário mundial, que registra aumento de acesso a qualquer material que envolva a internet.

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