Crónica de Jorge C Ferreira | A vida

Crónica

 

A vida
por Jorge C Ferreira

 

Por vezes fazemos corridas demasiado rápidas para a Maratona que é esta prova. Uma marcha que parece curta, mas que demora muito tempo. No meu tempo muitos começámos cedo a ter de tomar decisões. Nem sempre acertávamos à primeira. Era o tal modo tentativa erro. De erro em erro fomos aprendendo.

A tropa era um cutelo sobre a nossa cabeça. O malfadado serviço militar obrigatório. Quarenta meses que roubaram à minha vida. Não fui à guerra. Tive sorte. Foi um tempo de muitos vícios. Das asneiras próprias da idade. Tudo, felizmente, feito no tempo certo.

O casamento, o filho e o divórcio. Aí sentimos muita coisa a desabar. Um projecto que falhou. É sempre uma paulada na cabeça. Nunca é por culpa de um. Há sempre culpas repartidas. A idade não ajuda. É muito pouca experiência para tanta responsabilidade. A nossa base educacional judaico/cristã faz aparecer os sentimentos de culpa. A forma de fazer o melhor possível ao filho. O bem supremo. Agora é moda dizer: “o superior interesse da criança”.

desaguo

A vida a ficar à solta. De novo as loucuras. O viver solitário. Uma casa que, apesar de pequena, parecia sempre grande. Algum álcool e algumas pílulas. Aventuras fugidias. Voltaram as casas de momento. As camas desconhecidas. Os comboios a pararem na minha estação e eu a continuar a ler o mesmo livro. Esperar pelo próximo. Alguns sentimentos sinceros, paixões assolapadas, e nós a não nos sentirmos capazes de tomar decisões. Tantos medos! E se falhamos de novo? E a criança? Que fazer?

Encontrámo-nos, gostámo-nos, passou algum tempo e decidimos arriscar. Sofríamos do mesmo mal. Tínhamos, e temos, crianças de anteriores relações falhadas. Fomos salpicando a vida de coisas boas e menos boas. Tivemos Amigos que ajudaram muito. Foram um suporte enorme. Quantas vezes o seu modo de estar e ultrapassar as coisas nos deram força para seguir em frente.

Apoiar as crianças. Estar sempre disponível. Substituir o outro, sem problemas, para apoiar os miúdos.    Chegar a sair do trabalho para estar um bocado com ele e voltar para o trabalho. Era preciso ganhar dinheiro para o leite das crianças. A vida a ficar dura. Nós a ganharmos raízes. Assim fomos crescendo sem nos esquecer de viver.

Tudo ia ganhando alguma forma. Alguns medos ainda presentes. Ter ou não ter um filho. Uma decisão que fomos adiando. Quando nos sentimos completamente capazes já era arriscado. Não quisemos correr o risco. Hoje, quando falamos disso, sentimos uma pena imensa de não termos tido coragem. Chegámos a pensar em adoptar, era complicado. Talvez tivesse sido o traço de união entre todos. O centro da família. Talvez não. Nunca o saberemos. Uma oportunidade perdida? A vida a comandar a vida.

Começámos a viajar desde muito cedo. Sempre tivemos quinze dias de férias com os miúdos e quinze dias só para nós. Fomos a países que já não existem ou mudaram de nome, foi tanto o que mudou e voltou a mudar neste tempo que nos calhou viver! Muitas vezes lembro-me das noites de verão em que, deitado no estrado do telhado da minha casa em Lisboa, olhava para as estrelas e pensava nos caminhos insondáveis que gostaria de percorrer. Assim fomos percorrendo os caminhos da vida. Nem demos por os meninos serem adultos. Serão sempre os nossos meninos.

Zangamo-nos como toda a gente. Com razão e sem razão. Depois, vamos resolvendo as coisas. Afinal já somos adultos. Demasiado adultos para o meu gosto. Há uma criança nova que já tem a chave cá de casa. Costuma vir cá comer qualquer coisa. As coisas das Avós sabem sempre melhor. Já vai com os Amigos jantar e ao cinema. Estamos tramados.

«Lembro-me bem de vocês novinhos. Um bocado maluquinhos! Sem tempo para nada.»

Fala de Isaurinda.

«Não digas essas coisas. Sempre cumprimos com as nossas obrigações.»

Respondi.

«Isso tens razão. Mas, por vezes, dava-vos a louca.»

De novo Isaurinda e vai, no punho direito um sorriso aberto.

Jorge C Ferreira Janeiro/2022(333)


Jorge C. Ferreira
Jorge C. Ferreira (n.1949, Lisboa), aprendeu a ler com o Diário de Notícias antes de ir para a escola. Fez o curso Comercial na velhinha Veiga Beirão e ingressou na vida activa com apenas 15 anos. Estudou à noite. Foi bancário durante 36 anos. Tem frequentado oficinas de poesia e cursos de escrita criativa. Publica, desde 2014, uma crónica semanal no Jornal de Mafra. Como autor participou nas seguintes obras: Antologia Poética Luso-Francófona À Sombra do Silêncio/À L’Ombre du Silence, na Antologia Galaico-Portuguesa Poetas do Reencontro e A Norte do Futuro, homenagem poética a Paul Celan.  Em 2020 Editou o seu primeiro livro: A Volta À Vida Á Volta do Mundo; em 2021 Desaguo numa imensa sombra. Dois livros editados pela Poética Edições.

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27 Thoughts to “Crónica de Jorge C Ferreira | A vida”

  1. Manuela Moniz

    Como gostei deste texto intimista. Tão bonito!
    São recordações de vivências e sentimentos. Um desnudar de uma vida mesclada, inevitavelmente, com experiências marcantes de amores, aventuras e felicidade, mas também de desamores, dissabores, decepções, tristezas… É a vida de tantos de nós. Difícil é não questionar o nosso lugar nas relações humanas que vamos tendo pelo nosso caminho. É a Vida, meu amigo.
    É um enorme prazer ler textos , sempre, tão belos e tocantes. Parabéns.
    Beijinhos

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Manuela. Por vezes temos de fazer uma revisão do vivido. Talvez, por vezes, me exponha demasiado. Já percorremos um longo caminho. Vamos contar. Gosto muito de te ver neste espaço. Abraço grande

  2. Ma uela Moniz

    Tão belo e intimista que é este texto.
    Sao recordações de vivências e sentimentos. Experiências marcantes de uma vida mesclada de amores, aventuras, felicidade, mas também de desamores, dissabores, decepções… É a vida de muitos de nós. É difícil não questionar o nosso lugar nas relações humanas que marcaram todo o nosso percurso. É a Vida, Jorge!
    É sempre um enorme prazer ler-te. Obrigada, por tão belos e tocantes textos.
    Beijinhos

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado, mais uma vez, minha Amiga outro Abraço.

  3. Maria Luiza Caetano Caetano

    Tão bela história de amor. A vossa.
    Obrigada, por partilhá-la connosco. Ainda gosto de ler histórias de amor e as reais, têm mais sabor.
    Depois de alguns desencantos e alguns erros, próprios e comuns ao ser humano, acharam o caminho certo. E venceram obstáculos. Encontraram-se, olharam-se, apaixonaram-se. E o amor aconteceu. Sempre o amor, o maior dos sentimentos. Sem parar seguiram o vosso caminho, sem largar a mão dos vossos meninos..
    Não se esqueceram que viver é preciso.
    E que cada um precisa do seu espaço.
    Viajaram muito, conheceram muito mundo. É maravilhoso viver a dois, lado a lado, numa companhia constante a cada dia da nossa vida.
    E ter a certeza que o melhor que fica de nós, são os filhos e os netos.
    Sei da alegria imensa, quando o vosso neto, vos entra porta a dentro.
    Adorei ler este seu testemunho de uma vida tão linda e tão amada.
    Continuem a vivê-la, sempre na mesma harmonia de sentimentos tão doces. Grata sempre, querido escritor. Abraço imenso.

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Maria Luiza. Toda uma caminhada de que nunca sabemos o fim. As alegrias e as tristezas. O nosso melhor vive sempre em nós. Coisas que não conseguimos dissociar. Resta-nos resistir e continuar. Abraço imenso.

  4. Coutinho Eulália Pereira

    Excelente.Memórias de uma vida, na primeira pessoa.
    Uma vida que parece tão longa, mas que passou tão depressa.
    O balanço de uma vida cheia de emoções, de altos e baixos. Tempos dificeis, que foram ultrapassados.
    O balanço positivo dá sentido à vida e faz esquecer os momentos menos bons.
    Ter alguém que está ao nosso lado incondicionalmente é uma felicidade. Os filhos e netos serão sempre os nossos meninos. Olhar para eles, faz-nos sentir que tudo valeu a pena.
    Obrigada, meu amigo, pela excelência da sua escrita única.
    Um abraço.

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Eulália. Caminhadas e mais caminhadas. Os altos e baixos da vida. Os ciclos que fomos imaginando. As esquinas dobradas. O saber e não saber de nós. Tão grato pela sua presença. Abraço grande

  5. Isabel Soares

    Uma crónica autobiográfica onde o autor se desnuda sobre o seu percurso de vida. Um texto cru,às vezes duro,às vezes suave. Mas sempre humano,sempre verdadeiro. Um processo longo onde desvendamos fantasmas,medos,erros,mas também alegrias e vida.
    Um texto de vida sobre a vida singular deste homem pautada felos afectos. Marcada,mesmo nas loucuras,nas indecisões, nas transgressões (num tempo difícil de o fazer,mas necessário, apesar da revolta e medo;foi nos e pelos comportamentos destes homens que chegámos aqui)nas escolhas pelo amor.
    Uma crónica visceral,por onde perpassam cicatrizes da alma,mas sempre com um louvor à vida. Um anseio de viver a e na beleza daquela,que procura e alimenta sempre.
    Palavras belas sobre a vida do próprio. Os acontecimentos marcantes e a postura que norteia(e norteou) o seu percurso de vida e o valor e sentido desta para ele.

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Isabel. Tão bom o que escreveu. Demasiado para mim. Por vezes temos de nos despir um pouco. Afinal todas as vidas têm muitos pontos em comum. Muitos camiram pelas mesmas estradas. Sim, sou do sonho. Abraço forte

  6. Regina Conde

    Curioso como expões a vida conjugal. Uma vida semelhante a tantas. Iniciaram a vida num tempo que se devia viver intensamente. Tinham as mesmas experiências, necessitavam de se viver como a vida apela naquela idade. Tornaram a vida novidade constante com as viagens, o despertar para as vontades. Por hábito é cinzenta. Na vida é vital saber amar. Abraço grande meu Amigo.

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Regina. A vida escrita num caderno pautado. Vinha que até podia não ser minha. As intermitências dos sentimentos. As folhas rasgadas e a escrita em corrs estranhas. Que bom comentares. Abraço imenso

  7. Filomena Geraldes

    A vida não pode ser testada em tubos de ensaio. Há que abocanhá-la. Mastigá-la. Sorver-lhe o suco. Degustá-la. Amarga. Doce. Acre. Insípida. Picante. Apaladada. Escaldante.
    O que fizeste tu, poeta, senão saboreá-la?
    Com sofreguidão, comedido, a medo, paulatinamente ou com voracidade?
    E antes disso.
    O que fizeste tu, mestre, senão experimentar os seus variados ingredientes, temperos e especiarias?
    O que fizeste tu, cronista, senão atentar no modo de a cozinhar? Com cuidados, subtilezas, mãos de requinte, o toque da sapiência e um talento natural?
    Esta crónica é precisamente isso. O teu livro de receitas da Vida.
    Só teu. Que delícia! Quanto regozijo!

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Mena. Sempre belos os teus comentários. Até tenho medo de lhes responder. Tu mereces sempremais. Sim há alturas em que abocanhamos a vida. Depois ganhamos calma e aprendemos a não estragar o belo. Tão bom ter-te aqui. Abraço enorme

  8. Ivone Maria Pessoa Teles

    Quase a vida de muitos. Assumem ” amar-se durante toda a vida “. Mas não é verdade, não. Acredito que, assim como casaram, se descasarem, podem amar-se muito tempo, talvez tanto quanto viverem. Tenho amigos e amigas de quem gosto muito, há imensos anos. Em 72 anos ( contando que conheci a maioria depois da entrada para o Liceu com 10 anos), mantemos a mesma AMIZADE. O casamento pode ajudar a ultrapassar dificuldades emocionais, mas destrói algo essencial , que é a ” novidade “. A rotina, essencial para a organização dos dias, mata o ” amor “, quase sempre a exigirem exclusividade . Só escrevo sobre o casal. O espaço não chegaria para falar da / VIDA. Esta é tanto, mas tanto de qualquer de nós. O MELHOR da VIDA? Os filhos e….os NETOS. Os nossos melhores AMORES. Por Eles eu daria a vida; JURO.!!!!!!!!!

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Ivone. Tu és a minha Amiga/Irmã. Eu tento seguir o teu caminho. Seguir o teu exemplo. Tu que já viveste tanto e tão intensamente estarás guardada para sempre na minha caixa do bem-fazer. Estamos do mesmo lado da barricada. Iremos descer a Avenida juntos. Tu sabes

  9. Filomena Geraldes

    A vida não pode ser testada em tubos de ensaio. Há que abocanhá-la. Mastigá-la. Sorver-lhe o suco. Degustá-la. Amarga. Doce. Acre. Insípida. Picante. Apaladada. Escaldante.
    O que fizeste tu, poeta, senão saboreá-la? Com sofreguidão, a medo, paulatinamente,comedido, com voracidade?
    O que fizeste tu, mestre, senão experimentar-lhe a variedade de ingredientes, temperos e especiarias?
    O que fizeste tu, cronista, senão atentar no modo de a cozinhar? Com cuidados e subtilezas, mãos de requinte e ainda o toque da sapiência e um talento natural?
    Esta crónica é precisamente isso. O teu livro de receitas da Vida.
    Só teu. Que delícia! Quanto regozijo!

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado de novo Mena. Abraço do tamanho do mundo

  10. Maria cristina Belchior Ferreira

    Uma vida cheia e bonita. Muito bonita, Jorge. Uma vida de amor, cumplicidade, aventura. Tristezas, desgostos, erros, fazem parte da caminhada também. É o amor que ajuda a seguir em frente e é nos erros que vamos crescendo, ou assim deveria ser. O que não aconteceu, é porque não era para ter acontecido. O segredo, é olhar para o que temos e fizemos, olhar-mos para dentro de nós e viver o momento. Viver a magia de estarmos cá, com as nossas “mazelas” , é certo, mas inteiros. Dar o que de melhor entendemos ter a quem amamos. Saber Valorizar quem sempre esteve ao nosso lado, quem nunca desistiu de nós.
    A vida. Tanta vida que nos contas, Jorge. Tanta vida que trazes dentro de ti. Tanta vida que deixas. E tanta vida que ainda têm por viver. Os dois, juntos. Uma Bênção, Acredita.
    Parabéns e um abraço.

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Cristina. Um percurso de vida. Um percurso cheio de encruzilhadas, altos e baixos, a vida igual à de todos nós. Os fracassos onde nos afundamos. As alegrias com que renascemos. Minha vida, tua vida. Nossos caminhos. Os caminhos da vida. Grato por estares aqui. Abraço enorme

  11. José Luís Outono

    O mar de memórias que nos traz sempre momentos de reflexão, nos quadrantes de constantes calendários com poucas centenas de dias vividos em cada saudar anual.
    Os erros que nos ensinaram a não errar, as coragens que nos disseram … és forte, por entre agendas vividas com várias surpresas. As surpresas temporais, bem marcantes nas vontades adiadas, por entre laços desfeitos e histórias que queremos arquivar sem dor.
    “A vida a comandar a vida” e os descendentes a jogarem pelo seguro nos sabores e carinhos dos “velhotes”, que alteram horários para ornamentar sorrisos crescentes.
    Traços bem gizados de revisões do hoje, nas páginas vividas do ontem.
    Marcante e apelativo.

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado José Luís. Sempre tão bom ter-te aqui. A vida que é como uma avenida suspensa e em equilíbrio instável. Somos os equilibristas de im caminho sempre cheio de ardis. Vamos dar a volta a isto. Grande abraço.

  12. maria rosa matos

    Obrigada, Jorge por esta bonita partilha. O casamento não é um mar de pérolas e, tal como diz há zangas com e sem razão. Sei tão bem do que fala!…
    Divorciei e voltei a casar com o mesmo marido. Vivemos 7 anos divorciados e voltámos a casar. A doença levou-o e durante ela, muitas promessas de que se melhorasse eu não o iria conhecer. Muitos abraços, lágrimas e pedidos de desculpa . Faltaram as viagens e tantas outras coisas. Estou e partiu em paz.
    A vida é complexa e a nossa geração não foi preparada. Normalmente casávamos para
    sairmos de onde não estávamos bem (não sendo o meu caso).
    A guerra pelo meio do namoro…
    Chega!
    Um abraço grande, meu Amigo.

    1. Jorge C Ferreira

      Obrigado Ivone. Tu és a minha Amiga/Irmã. Um exemplo para a minha vida. O que já viveste e a intensidade com que viveste. Tudo isso guardo na minha caixa do bem fazer. Mereces tudo do mundo. Merecemos descer a Avenida juntas. Beijinhos

    2. Ferreira Jorge C

      Obrigado Maria Rosa. O casamento é um compromisso sujeito ao fracasso ou ao sucesso. A cumplicidade é a chave mais importante do bem viver. Não é coisa obrigatória como parecia ser no meu tempo. Vamos tentar ser felizes. Abraço imenso

  13. Cresci acreditando que a vida era um campo ou uma seara.
    Custava-me entender como os adultos podiam ser tão sérios, no sentido de preocupados.
    Vieram vales e montanhas, planaltos e escarpas. As margaridas e as ortigas. Avanços e retrocessos, apostas e “suspense”.
    Lições para as quais não fomos preparados. Períodos semelhantes a tremores de terra, outros sem história e, por isso, felizes.
    Há vidas mais ou menos planas. E vidas de montanha russa.
    A tudo nos habituamos, diz-se. É verdade. Convém é não nos acomodarmos.
    Enquanto o cão olha com espanto para as nossas idas e vindas, contenta-se em acompanhar-nos no passeio ou ficar na sua caminha a dormir. Mas nós temos a capacidade de pensar. Não vivemos sem planear e sem avaliar. Há sempre um não-sei-quê a mexer connosco.
    Um abraço, amigo. Boa semana.

    1. Ferreira Jorge C

      Obrigado Sofia. Que bom estares aqui. Que bom o que escreveste. Somos um ziguezaguear na estrada de várias estranhezas. Nunca pidemos deixar de sonhar. O sonho vive em nós. Já demos a volta a tanto fato. Abraço enorme.

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