Mafra | Sérgio Gorjão é o novo Diretor do Palácio Nacional de Mafra

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Fonte ligada ao processo de seleção do novo diretor do Palácio Nacional de Mafra confirmou ao Jornal de Mafra, que terminou o processo concursal destinado a selecionar um novo diretor para este palácio nacional.

Mário Pereira foi um diretor marcante, em cujo mandato o palácio foi reconhecido pela UNESCO como património mundial, um homem suave e discreto que atingiu a idade de aposentação, dando agora lugar a Sérgio Gorjão, uma personalidade que o Palácio e Mafra bem conhecem.

Ao novo Diretor do Palácio Nacional de Mafra caberá agora conduzir a valorização do património que o palácio constitui, reformar o que houver a reformar na gestão do palácio, aproveitar os investimentos já anunciados pela tutela e inovando, levar o palácio ainda mais longe.

Sérgio Gorjão, que exerce atualmente as funções de Secretário Executivo da Comissão Nacional da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) esteve fortemente envolvido no processo de candidatura do Palácio, Tapada e Jardim do Cerco a património mundial da UNESCO.

A sua carreira profissional fê-lo colaborar com várias instituições do concelho, tendo coordenado os serviços de cultura da Câmara Municipal de Mafra entre 2000 e 2002, estando atualmente a preparar a sua tese de doutoramento em Arquitetura, no âmbito da gestão patrimonial aplicada ao caso específico do Palácio Nacional de Mafra.

Sérgio Paulo Martins Gorjão, licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, mestre em Museologia pela Universidade Lusíada, doutorando em Arquitetura pela Universidade de Lisboa (FAUL) onde desenvolve a tese “Conservação e sustentabilidade, valores base na definição de um Plano de Gestão – O caso do Palácio Nacional de Mafra”, sob orientação de José Aguiar. Detém formação académica complementar nas áreas da Museologia, do Património Cultural, História da Arte e Filosofia e Estudos Orientais. Detém formação em gestão pública (CCP, FORGEP) e certificado de formador (CAP).

Técnico-superior da Direção Geral do Património Cultural. Foi coordenador da Rede de Museus e Galerias municipais e dos Serviços de Cultura na Câmara Municipal de Óbidos, colaborador no GTL e do Gabinete de Gestão do Património Histórico no mesmo município (1995-2000, 2009 e 2014-15). Implementou a Temporada de Música Clássica “José Joaquim dos Santos” e Temporada de Cravo em Óbidos. Coordenador dos Serviços de Cultura e na Câmara Municipal de Mafra (em 2000-2002). Inventariante de Património Arquitetónico na Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Especialista em Património Cultural e Museologia no Projeto Ásia URBS da União Europeia, desenvolvido na cidade de Xingcheng, prov. de Lioaning, na R. P. China (2004-2006). Investigador bolseiro da Fundação Oriente (2007). Diretor do Museu da Terra de Miranda e do Museu do Abade de Baçal; e diretor do Museu Grão Vasco (2010-2014). Entre 2016 e 2020 integrou, por parte do Palácio Nacional de Mafra, a equipa técnica e científica de elaboração do dossier de candidatura do Real Edifício de Mafra à Lista do Património Mundial da UNESCO, inscrito em julho de 2019; e participou em reuniões no âmbito da Associação das Residências Reais Europeias.

Orientou científica e metodologicamente diversos projetos de mestrado nas áreas da História da Arte e da Conservação e Restauro de bens culturais. Foi editor de várias linhas editoriais de difusão do Património Cultural, entre as quais do “Boletim Cultural de Mafra”, da coleção “Descobrir Óbidos” e edições de catálogos de exposições. É autor de diversas monografias, catálogos e artigos de especialidade, os últimos dos quais na Revista Monumentos’35 e nas Atas das Conferências dos 300 anos do Lançamento da Primeira Pedra do Real Edifício de Mafra. Participou, como orador, em múltiplos eventos culturais e científicos nas áreas da sua especialidade.

Comissariou cerca de meia centena de exposições, de que se destacam: “Do Gótico ao Maneirismo” (coautoria com Fernando António Batista Pereira), “Madrepérolas e objetos orientais de devoção cristã” (coleção do escultor Domingos Soares Branco), “Baltazar Gomes Figueira” (coautoria com Vítor Serrão e Jorge Estrela), “Ringsel – exposição internacional das relíquias do Buda”, “Fábulas de Almada Negreiros”, “Ícones Russos do Legado Pereira da Gama”, “O Triunfo da Ortodoxia” (Centro Cultural de Cascais/Fundação D. Luís I) e “Do Tratado à Obra – Génese da Arte e da Arquitetura no Palácio de Mafra” (coautoria com Paulo Pereira e Sandra Vaz Costa)“.

[imagem: Sérgio Gorjão na companhia do então Ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes]

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