“Luz e Sombra” no Palácio de Mafra, um livro de fotografias que revela a essência do monumento [Imagens]

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Decorreu esta manhã, na Sala Elíptica do Palácio Nacional de Mafra, aquela que poderá ter sido a última cerimónia em que Mário Pereira estará presente enquanto diretor do Palácio, dado que irá deixar de exercer essas funções, devendo passar à reforma, para a qual já tem planos, mas esse é um tema que devemos tratar em breve, numa entrevista que já temos aprazada.

“Luz e sombra – A sustentável leveza da forma” é uma obra do próprio Mário Pereira e do fotógrafo Sérgio de Medeiros. São cerca de 190 páginas de fotografias tendo por motivo o palácio de Mafra e por foco, a Basílica, a Biblioteca, a Sala Elíptica, os Relógios (medição do tempo), os Corredores, as Escadas, as Janelas, Óculos e Claraboias, as Salas e Salões, os Sinos e os Carrilhões, no fundo, a alma do palácio vista no pormenor da sua arquitetura interior através do jogo entre a luz e as sombras.

LSNa introdução à obra, Bernardo Alabaça, Diretor Geral do Património Cultural, uma das entidades que a patrocina, afirma: “Conhecendo  a recorrente chamada de atenção do diretor, Mário Pereira, para a importância da luz neste Palácio, não posso deixar de me congratular  que tenha sido no fotógrafo Sérgio de Medeiros o olhar que, de forma poética, nos mostraram a beleza das formas de uma arquitetura de exceção, melhor se percebendo a cumplicidade e a paixão por este Monumento”.

“Sete lanternins, cerca de 2952 janelas, com e sem vidraças, óculos e 29 pátios e saguões criam uma ambiência única e diferente nos espaços deste monumento, quer seja nas salas ou salões, quer seja nos vários quilómetros de corredores ou em qualquer uma das suas 154 escadarias”, assim descreve Mário Pereira a essência deste palácio, que durante o seu mandato à frente dele, se viu alcandorado a Património Mundial de UNESCO, viu reabilitados os seus órgãos históricos e os seus carrilhões.

A beleza só existe se formos capazes de a sentir e no Palácio de Mafra, sem mobiliário de monta, com quase toda a magnificência depositada nas suas paredes, nas suas escadas, nas suas janelas e nos seus múltiplos pormenores de construção, na sua beleza arquitetónica, a beleza é toda ela moldada pela luz que nele penetra e pelas sobras que o velam.

A obra foi apresentada pelo fotógrafo e conservador das coleções de fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa, Luís Pavão e por José de Medeiros, tendo também usado da palavra, a Subdiretora Geral do Património Cultural, Rita Jerónimo.

 

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