Arranca amanhã, 11 de fevereiro, prolongando-se ao longo das próximas duas semanas, o processo de vacinação dos bombeiros portugueses contra a Covid-19.
O governo afirmou que “os bombeiros, dada a dimensão operacional do transporte pré-hospitalar que executam, desempenham uma função essencial do Estado e por isso vão ser vacinados ao longo das próximas duas semanas”.
São cerca de 15.000 bombeiros voluntários, sapadores e municipais, que começam amanhã a ser vacinados e a ordem de vacinação destes bombeiros foi definida com base em critérios operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. O programa prevê a vacinação de 7.500 nesta semana e de mais 7.500 na semana seguinte.
Os locais de vacinação foram estabelecidos de acordo com a distribuição geográfica dos 15.000 bombeiros e são os seguintes:
– 958 em Aveiro;
– 358 em Beja;
– 910 em Braga;
– 477 em Bragança;
– 500 em Castelo Branco;
– 945 em Coimbra;
– 326 em Évora;
– 617 em Faro;
– 644 na Guarda;
– 945 em Leiria;
– 2.181 em Lisboa;
– 388 em Portalegre;
– 1.916 no Porto;
– 842 em Santarém;
– 829 em Setúbal;
– 347 em Viana do Castelo;
– 687 em Vila Real;
– 1.025 em Viseu.
A vacinação dos bombeiros inicia-se amanhã às 9h00 no Centro de Saúde da Damaia, no concelho da Amadora contando com a presença do Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, da Ministra da Saúde, Marta Temido, da Secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, e do Secretário de Estado Coordenador para o combate à pandemia na Região de Lisboa e Vale do Tejo, Duarte Cordeiro.
Na verdade, o processo de vacinação aos bombeiros embora ainda não tenha arrancado, já causou contestação, e algumas (13 dos 20 membros) demissões no Conselho Nacional Operacional da Liga de Bombeiros.
As associações receberam instruções para selecionarem metade dos operacionais para serem vacinados, decisão que não foi bem recebida por quem comanda as corporações, pois como referem alguns comandantes, todos os bombeiros saem dos quartéis para socorrer pessoas.
Apesar de o tema não ter sido discutido pela direção executiva da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) – a Liga não marcou nenhuma reunião para que o tema pudesse ser debatido – a liga referiu ontem que “a LBP renova a posição assumida contra o faseamento da vacinação dos bombeiros e a favor da sua aplicação generalizada a todos os bombeiros. É essa a postura que tem assumido desde o início, não obstante o Ministério da Administração Interna e o Ministério da Saúde assim não o entenderem”.
