António Costa apresenta 3 razões para o recolher obrigatório deste fim de semana

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Hoje é o primeiro dia em que a partir das 13h00 todos devemos ficar em casa com o objetivo de ajudar a travar a pandemia de covid-19. O governo decretou recolher obrigatório nos dias 14, 15, 21 e 23 de novembro, em 114 concelhos do país(1).

Esta manhã, António Costa apelou a isso mesmo “temos de ficar em casa”.

“Este fim de semana vai ser um fim de semana muito diferente. Vamos ter de ficar em casa à tarde e à noite. Vai ser duro, para todos que gostariam de fazer livremente o que lhes apetecesse, vai ser duro para muitas atividades económicas, para restauração, para o comércio que vão ter prejuízos grandes este fim de semana”.

O primeiro ministro justificou a aplicação destas medidas, “este esforço complementar” como o denominou, com 3 razões fundamentais.

  • A situação da pandemia
    António Costa recordou que na 1ª vaga da pandemia, em Portugal o máximo de casos por dia foi de 1.516, enquanto ontem, esse número atingia já os 6.653 novos casos, num só dia. O primeiro ministro referiu que a “situação da pandemia é mesmo muito grave”  pelo que “temos mesmo de travar a continuação do crescimento desta pandemia”.

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  • acTravar as cadeias de transmissão
    Na primeira vaga, para travar a pandemia foi “necessário fechar a generalidade das atividades económicas, fechar as escolas e ficarmos todos fechados em casa. Conseguimos travar a pandemia, mas também nos lembramos bem do enorme custo que isso teve do ponto de vista da saúde mental, do ponto de vista afetivo, do ponto de vista social, do ponto de vista económico.

    O primeiro ministro lembrou os milhares de empregos que foram perdidos, as muitas atividades económicas que fecharam portas e a enorme perda de rendimentos por parte das famílias.

    António Costa referiu ainda que para evitar que isto volte a acontecer, o governo optou “pelo mal menor, mal menor é concentrar este esforço nestes fins de semana, para tentar preservar a continuidade da vida normal durante a semana” e deste modo, não voltar a fechar as escolas nem a generalidade das atividades económicas. Acrescentou que só há uma forma de travar as cadeias de transmissão, “isolarmo-nos o mais possível e evitarmos os contactos” acrescentando ainda, “este vírus não anda sozinho, somos nós que o transportamos e somos nós, que em contato com os outros nos contagiamos. Cada um de nós sozinho não contamina ninguém, nem é contaminado, duas pessoas juntas já correm o risco de cada uma contaminar a outra, ou ser contaminada. Se em vez de 2 fomos, 3, 4 ou 5 o risco vai aumentando.”

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  • Apoio aos profissionais de saúde
    O primeiro ministro afirmou que “nós temos de dar todo o nosso apoio aos profissionais de saúde (…) aqueles que estão neste momento nos hospitais ou nos centros de saúde a fazer um esforço imenso para tratar os doentes, para acompanhar aqueles que estão em casa confinados em vigilância, para fazer os inquéritos epidemiológicos, para tentar travar as cadeias de transmissão. É um trabalho imenso que eles estão a fazer e nós podemos ajuda-los. Não nos substituindo ao trabalho que só eles podem fazer, mas evitando que haja mais pessoas doentes, que eles tenham de tratar. E aí só nos os podemos ajudar, nós, eu, você, cada um de nós.”.

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O comércio nos dias 14, 15, 21 e 22 de novembro funciona a partir das 8h00 e  encerra às 13h00. Sendo que os estabelecimentos que já abriam antes das 8h00 podem continuar a fazê-lo. Existem, no entanto, exceções e são elas: farmácias; clínicas e consultórios; estabelecimentos de venda de bens alimentares com porta para a rua, quanto tiverem uma área até 200 m2 e bombas de gasolina. Os restaurantes, a partir das 13h00 só poderão funcionar com entregas ao domicílio.

Conheça (aqui) o que fazer durante o recolher obrigatório.

Até dia 23 de novembro é ainda proibida a circulação na via pública, nestes 144 concelhos(1), diariamente entre as 23h00 e as 05h00.

(1)Estas medidas abrangem os concelhos de Alcácer do Sal, Alcochete, Alenquer, Alfândega da Fé, Alijó, Almada, Amadora, Amarante, Amares, Arouca, Arruda dos Vinhos, Aveiro, Azambuja, Baião, Barcelos, Barreiro, Beja, Belmonte, Benavente, Borba, Braga, Bragança, Cabeceiras de Basto, Cadaval, Caminha, Cartaxo, Cascais, Castelo Branco, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Chamusca, Chaves, Cinfães, Constância, Covilhã, Espinho, Esposende, Estremoz, Fafe, Felgueiras, Figueira da Foz, Fornos de Algodres, Fundão, Gondomar, Guarda, Guimarães, Idanha-a-Nova, Lisboa, Lousada, Loures, Macedo de Cavaleiros, Mafra, Maia, Marco de Canaveses, Matosinhos, Mogadouro, Moita, Mondim de Basto, Montijo, Murça, Odivelas, Oeiras, Oliveira de Azeméis, Oliveira de Frades, Ovar, Paços de Ferreira, Palmela, Paredes de Coura, Paredes, Penacova, Penafiel, Peso da Régua, Ponte de Lima, Porto, Póvoa de Varzim, Póvoa do Lanhoso, Redondo, Ribeira da Pena, Rio Maior, Sabrosa, Santa Comba Dão, Santa Maria da Feira, Santa Marta de Penaguião, Santarém, Santo Tirso, São Brás de Alportel, São João da Madeira, Sardoal, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sever do Vouga, Sines, Sintra, Sobral de Monte Agraço, Trancoso, Trofa, Vale da Cambra, Valença, Valongo, Viana do Alentejo, Viana do Castelo, Vila do Conde, Vila Flor, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Cerveira, Vila Nova de Famalicão, Vila Nova de Gaia, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, Vila Velha de Ródão, Vila Verde, Vila Viçosa, Vizela.

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