Crónica de Psicologia de Filipa Marques | Stress, o prato do dia

FILIPA MARQUES

Crónica de Psicologia de Filipa Marques

Stress, o prato do dia

Stress.

Acordar. Sair de casa e correr para chegar a horas ao emprego. Durante o dia há muito a fazer. Tarefas para acabar até à hora de saída. Papeladas para entregar dentro do prazo. Pressão para ser mais rápido e altamente produtivo. Sair. Ir buscar as crianças à escola. Fazer o jantar e comer rápido. Arrumar tudo e preparar roupas e almoços para o dia seguinte. Ir para a cama com as costas a doer e ahhh… finalmente o descanso! Há que dormir rápido que amanhã é outro dia!

Quantos de nós se revêm neste dia a dia? Arrisco dizer – a maioria.

A nossa vida é pautada por stress – “a resposta fisiológica ou psicológica a stressores internos ou externos, que causam mudanças que afetam quase todos os sistemas do corpo humano. Por isso, o stress influencia a forma como as pessoas se sentem e se comportam” (Associação Americana de Psicologia).

O stress pode manifestar-se através de sintomas como palpitações, transpiração, boca seca, dificuldade em respirar, discurso acelerado, aumento das emoções negativas e cansaço recorrente. A acrescentar a estes sintomas, afeta a nossa qualidade de vida, incluindo a saúde física e mental.

Há diversas técnicas que podemos utilizar para reduzir o stress.

Uma é o foco na respiração como forma de relaxamento. Inspirar e expirar profundamente, focando as sensações físicas do corpo (ex. ar a entrar nas narinas, barriga a mexer) é algo que nos desliga das preocupações que assaltam a mente. Podemos usar esta técnica tanto numa situação stressante no trabalho como, simplesmente, cinco minutos antes de deitar para dormir tranquilamente.

Outra das técnicas passa pelo foco na solução. É possível resolver o problema que me está a causar stress? Se sim, como é que o posso resolver? Se estiver ao nosso alcance, vamos resolvê-lo para vivermos (mais) tranquilamente. É um problema que não posso resolver? Não depende de mim? Então, há que aceitar que não o podemos resolver para sofrer o menos possível com ele.

Por último, o foco no positivo. Centrar-nos mais naquilo que somos do que naquilo que não somos. Dar mais valor ao que temos do que aquilo que não temos. Alterar aquilo que nos é possível em vez de “reclamar” sobre o que não conseguimos mudar. Reduzir a negatividade do nosso discurso. No fundo, ver o copo meio cheio.

A acrescentar a estes conselhos, dormir bem, ter uma alimentação adequada, fazer exercício físico e reduzir o consumo da cafeína e bebidas energéticas ajudam também a reduzir o stress.

Deixo-vos um desafio. Aplicar estas técnicas durante uma semana e ver a diferença. Vamos a isso?


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Filipa Marques Psicologia


 

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