Mafra | Cerimónia de apresentação do programa “Educar para uma Geração Azul” [Imagens]

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Decorreu ontem na Escola Secundária José Saramago a cerimónia de apresentação do programa “Educar para uma Geração Azul”.

Destinado ao 1.º ciclo do ensino básico, este programa educativo, promovido pela Fundação Oceano Azul em colaboração com a Direção-Geral da Educação, pretende “transformar as próximas gerações de portugueses nos cidadãos europeus mais comprometidos com a sustentabilidade e com a conservação do oceano”.

O programa piloto arrancou em Mafra já em setembro do ano passado, com a formação dos professores, envolvendo 176 professores de 18 escolas do concelho e pretende-se que alcance cerca de 4000 alunos.

Tiago Pitta e Cunha referiu que “para mudar comportamentos nada melhor que começar pela educação, nada melhor que começar pelas crianças”. O curso  “Como proteger o oceano?” foi pensado para abranger “as ciências físicas, é sobre a biologia, é sobre a química do oceano, é sobre a geologia, sobre a oceanografia, mas também é sobre as ciências humanas, é sobre a geografia, é sobre a história, é sobre a economia, é sobre a estratégia é sobre a política e é sobre o direito”. Estas matérias vão servir também para ensinar “melhor o português, para ensinar melhor a fazer as contas, a Aritmética, a Matemática, para ensinar melhor as ciências, para ensinar melhor o estudo do meio”.

Os alunos que iniciaram os seus estudos em 2018 vão terminar o 12ª em 2030 pelo que “se nós falhar-mos na capacitação para estes temas, estamos a falhar na capacitação destes alunos para serem os adultos que vão garantir a sobrevivência de todos nós através da sobrevivência do planeta” referiu o secretário de estado.

“Uma educação que não constrói identidade é uma educação que falha na sua missão” Na construção da identidade é fundamental “o valor das ciências sociais e das humanidades. Nós somos aquilo  que comemos, nos somos o ambiente em que vivemos mas também somos a nossa história, o lugar onde vivemos, o lugar onde crescemos, os cheiros com que crescemos, as relações que estabelecemos”. Continuou ainda, afirmando que “é impossível pensar ser português sem interpretar o papel do Mar na nossa arte, o papel do mar até na nossa própria maneira de ser coletiva, aquela angustia, a saudade. E deixar essas áreas de fora é deixar de fora o crescimento e o reforço da nossa identidade.”

Acerca do programa, João Costa refere que o mesmo “é muito oportuno e mostra como a partir de um tema podemos trabalhar todas as áreas de desenvolvimento da criança” acrescenta ainda que  “a forma como este curso está organizado é muito interessante” o fato da “abordagem partir de perguntas que saem dos próprios alunos é uma abordagem muito inteligente, uma abordagem muito cuidada e muito relevante porque envolve aquele que vai aprender”.

Na próxima semana arranca já a formação dos professores do Município de Cascais e a perspetiva é que até ao final do ano o projeto piloto chegue aos Municípios da Nazaré, de Peniche e de Portalegre, alcançando cerca de 900 professores e 15.000 alunos dos 5 aos 11 anos de idade.

Para além dos professores, a cerimónia contou com a presença do secretário de Estado da Educação, João Costa, do Diretor Geral da Educação, José Vitor Pedroso, do presidente do Conselho de Administração do Oceanário de Lisboa e da Fundação Oceano Azul, José Soares dos Santos, do presidente da comissão executiva da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha e do deputado Alexandre Quintanilha.

 

 

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