OPINIÃO POLÍTICA | José Martinez – Ainda a Festa do Avante

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Ainda a Festa do Avante

Interrompi as minhas crónicas convidando os meus leitores a participarem na Festa do Avante.
Por detrás do nosso convite, e quando digo nosso estou a pensar nos militantes comunistas e em todos os que não sendo militantes, ano após ano, poem de pé a nossa grande montra.
Os comunistas são politicamente transparentes, quem vai à Festa do Avante, não sendo comunista não virá de lá comunista, mas terá de reconhecer que só um colectivo de homens e mulheres com uma grande vontade de servir  os seus concidadãos é capaz de erguer uma mostra tão completa do nosso povo, não do povo folclórico, mas do povo real que vive, que luta, sem perder a esperança num futuro melhor e mais justo.
A Festa do Avante incomoda, a Festa do Avante estilhaça a imagem de que o Partido Comunista Português, ano após ano, desde o seu nascimento, passando pela ditadura fascista,  até aos dias de hoje, é uma organização fechada, tenebrosa, velha, e mostra o Partido Comunista tal e qual ele é, organização do povo e dos trabalhadores portugueses com o único objectivo de melhorar as condições de vida das pessoas.
Isto é insuportável para os que dos partidos políticos têm outro entendimento, que são instrumento de afirmação pessoal, de carreira, de obtenção de benesses.

Em Mafra, a Câmara, arrancou os pendões de divulgação da Festa do Avante, mostrando o entendimento que tem da democracia e fazendo uso dos meios públicos para o combate político.
Não é novidade…

No regresso a estas crónicas não posso deixar de registar que, nos pouco mais de 5 anos, que dou o meu contributo à organização concelhia do Partido Comunista Português, o empenho com que camaradas e amigos participaram na divulgação, na construção e nas tarefas dos dias da Festa.
Nunca em Mafra se venderam tantas EP´s (Entradas Permanentes), nunca foram tantos os contactos de apoio e solidariedade, nunca foi tão grande a disponibilidade.
Não quero crer que o dia 10 de Agosto1 tenha determinado este acréscimo de empenhamento militante, mas tenho que confessar que notei a diferença.
A Festa. O que eu mais gosto da Festa, são os encontros, os reencontros. Feitos os “serviços”, num dos restaurantes da Festa, a Tasca do Leitão, é o deambular, para cima e para baixo, são os abraços, ao Jorge, ao Braga, ao João Paulo… e vem-me à memória as lutas, os avanços, os recuos, as cenas, algumas hilariantes, outras mais sérias, as vivências que fizeram de mim o que sou hoje, que, como costumo dizer, “somos mais de fora para dentro do que de dentro para fora”.
A Festa do Avante é, para mim a vida em filme. Saio de lá mais forte, ainda com mais vontade de viver.

 

1 Dia em que os pendões da Festa do Avante foram destruídos pela Câmara Municipal

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