Mafra || Muita Festa Muita Erva [Se houvesse um referendo local, tolerava a erva pelas festas?]

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O estado de passeios – nas localidades ou nas partes dos lugares e vilas do concelho, onde há passeios – de campos limítrofes a vias principais, dos parques infantis, dos logradouros de espaços públicos e de grande parte do próprio espaço público foi invadido por ervas, ervas que este ano se tornaram em frondosos arbustos, dando aos lugares e às vilas do concelho um ar de desleixo, um ar de abandono, um ar de terceiro mundo, um ar de concelho sem governo, de um governo do concelho assumido por gente que não sai dos gabinetes e que por isso não viu o estado de degradação urbana a que o concelho chegou. Será isso?

Parece pouco provável que aqueles cidadãos que nos governam localmente e a quem remuneramos com os nossos impostos, não vão às compras, não levem filhos, sobrinhos e netos aos parques infantis, não se passeiem pelas ruas da vila que governam.
Não parece crível

Será falta de dinheiro para contratar gente, para comprar máquinas, para adquirir o tão amado glifosato? Vejamos. O concelho gere um orçamento de 50 milhões de euros. O concelho está em plena campanha de imagem a nível nacional, queremos turistas, queremos indústrias, queremos visibilidade, e isso custa dinheiro, e há dinheiro para isso. Queremos reassumir a gestão municipal da água e do saneamento, interrompeu-se um contrato firmado, e isso custa dinheiro, mas há dinheiro para isso. Mafra foi o primeiro, e cremos que único, concelho a “comprar” para si uma autoestrada; hoje, defronta-se com a possibilidade de desembolsar volumosas indemnizações aos expropriados da A21, há também dinheiro para isso. Há dinheiro para distribuir por organizações ligadas à igreja católica, há dinheiro para distribuir a associações que não tornam públicas as suas contas nem as actividades desenvolvidas com os fundos concedidos pela câmara municipal.

Há dinheiro para alugar tendas para eventos, como a comemoração do dia da vila (22 140,00 €) ou o Encontro da Ecotec (9 225,00 €) ou, já agora, para nos mantermos com o mesmo fornecedor de tendas de aluguer, em 2017 a Gala da Ópera (33 825,00 €).
Só em tendas para festas, pagos à mesma empresa, foram despendidos, em três eventos, 65 190 €.
Entende-se pois, que o dinheiro dos contribuintes não dê para tudo e explica-se (?) assim o estado em que se encontram – embora já se tenha iniciado o desbaste de matos nalguns locais – logradouros, passeios – onde há passeios – e parques infantis

Quanto às imagens que acompanham este artigo, imagens tiradas hoje mesmo, elas ilustram o estado de um espaço que confronta com o centro de saúde de Mafra, com o parque intermodal, com a zona das escolas e da capela mortuária. Desconhecemos se o terreno é privado ou público, sendo que, na localização que ocupa e tendo em conta o estado em que está, a lei confere às autoridades, os  meios suficientes para que se proceda à sua limpeza/já se tivesse procedido à sua limpeza.

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