25 de Maio | Dia Internacional das Crianças Desaparecidas

Jornal de Mafra 2018.05.25 15h26m25s 003

Hoje é Dia Internacional das Crianças Desaparecidas.
A data escolhida tem origem no facto de a 25 de maio de 1979 ter desaparecido em Nova Iorque Ethan Patz (com 6 anos) e nunca mais foi encontrada.

Portugal foi um dos primeiros países a ter operacional o número de alerta para casos de desaparecimentos de crianças – 116 000 – gerido pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC).
A linha 116 000, criada por decisão da Comissão Europeia, é um número gratuito que está operacional 24 horas por dia e que conta com a colaboração de profissionais especializados que trabalham com organizações não-governamentais.

No ano passado, “2017, o Serviço de Atendimento telefónico SOS-Criança recebeu um total de 1841 chamadas, das quais 1389 se referem a apelos efetivos que resultaram numa intervenção por parte dos técnicos, no sentido de informar, apoiar, orientar e/ou encaminhar os apelantes consoante as situações-problema expostas. Do total dos apelos efectivos recebidos, verificou-se o envolvimento de um total de 874 crianças e 776 infratores.”

Em toda a Europa o 116 000 recebeu 188 936 chamadas sendo que 19% das crianças desaparecidas na Europa enfrentam violência e abuso.

Em Portugal durante o ano de 2017 a SOS-Criança Desaparecida recebeu um total de 31 denúncias, sendo
– 16 casos de “Fugas”
– 10 casos de Rapto Parental
– 2 casos de Perdidos/feridos ou outro tipo de desaparecimento
– 1 caso de Rapto
– 1 caso de Hoax
– 1 caso de situação indefinida.

Nos 31 casos denunciados em 2017 “18 dos casos as crianças continuam nessa condição. Em 10 casos, as crianças sinalizadas apareceram ao fim de algum tempo após sinalização. Em 2 casos as crianças apareceram mortas. As estatísticas contam ainda com 1 caso de Hoax”.

Mais alguns dos nºs de 2017:
– 52% das crianças desaparecidas tinha 12 ou mais anos e 45% das crianças indicadas nas denúncias de Crianças Desaparecidas teriam entre 1 e 10 anos.
– 48% dos casos foi um familiar da criança a realizar o apelo, 42% dos casos foi um profissional a expor a situação ao SOS Criança e em 10% foi um cidadão da comunidade em que a criança estava inserida.
– 32% dos casos os pais encontravam-se casados, em 23% estavam separados e em 3% divorciados.

 

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