Quercus pronuncia-se sobre a Tapada Nacional de Mafra

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No seguimento da audição parlamentar do Ministro da Agricultura na Comissão Parlamentar de Agricultura e do Mar, a propósito da Tapada Nacional de Mafra, a Quercus (organização não governamental de defesa do ambiente) veio agora, em comunicado, tomar posição acerca das questões ambientais que estiveram em discussão na comissão, nomeadamente, o alegado abate ilegal de sobreiros.

A Quercus considera preocupantes as recentes declarações do senhor Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural na audição da Comissão Parlamentar de Agricultura e do Mar, relativa a problemas de gestão na Tapada Nacional de Mafra […] “Cortar sobreiros sem autorização? Sim, antes a segurança que a burocracia, diz Ministro” […] apesar de todas as críticas existentes à gestão da Diretora da Tapada Nacional de Mafra, o Sr. Ministro da Agricultura defendeu a Diretora e até as ilegalidades cometidas com o abate de sobreiros sem autorização no ano passado. Colocou-se “a segurança à frente da burocracia”, referiu o governante na audição.

Sobre este abate de sobreiros, o auto da GNR refere que foram abatidos, para além de três exemplares secos e decrépitos, “mais dois sobreiros adultos que não estavam secos e se encontravam em bom estado vegetativo”. O processo de contra-ordenação tem de ser instruído pelos serviços do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), no entanto, apesar do longo tempo decorrido desde o abate de sobreiros, ainda não se conhece a decisão do processo.

[…] A Quercus espera que os membros do Governo defendam com firmeza a aplicação da legislação de proteção ao sobreiro, não esquecendo que esta árvore é um verdadeiro símbolo nacional.

 

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