Aconteceu em …

Jornal de Mafra 2017.12.18 18h36m12s 019

Aconteceu em …

… 18 de Dezembro de 1965 foi promulgado o Regulamento Geral dos Museus de Arte, História e Arqueologia.

Em 1965 o governo assinalava que “Durante os últimos 30 anos os museus do Ministério da Educação acusaram progressos que, sem sombra de exagero, se devem considerar notáveis.”. Entre os Museus anteriormente referidos dois foram criados e instalados “com perfeita dignidade”, o Museu Monográfico de Conímbriga e o Museu de Escultura Comparada de Mafra.

O Museu de Escultura Comparada de Mafra foi inaugurado em 1963, tendo sido encerrado 10 anos depois. Em Julho deste ano de 2017, o Palácio Nacional de Mafra revelou andar a procura de financiamento, eventualmente através de um mecenato (de cerca de 200 mil euros) para recuperar as sete salas no torreão norte onde estão as esculturas, reabrindo deste modo ro Museu ao público.

Entre as mais de 100 réplicas de esculturas que lá se encontram, existem réplicas de esculturas do Mosteiro de Alcobaça, do Museu Arqueológico do Carmo, da Sé de Évora, do Mosteiro de Santa Cruz, da Igreja de Notre Dame e do Museu do Louvre, em Paris.

Até virem para Mafra, estas replicas de esculturas portuguesas e francesas dos séculos XII a XVI estiveram guardados nas arrecadações do Mosteiro dos Jerónimos e do Museu Nacional de Arte Antiga.

O “Túmulo de Fernão Gonçalves Cogominho” (século XVI) do Museu de Évora, a lápide sepulcral “Virgem, o Menino e D. Honorico” do Museu Nacional Machado de Castro, esculturas dos túmulos de Pedro e Inês de Castro do Mosteiro de Alcobaça (século XIV), SÃO Alguns exemplos das peças que podemos encontrar no museu. De França podemos encontrar a “Estátua do Rei Salomão” (século XII) ou as “Três Garças”, patentes no Museu do Louvre.

O regulamento de 1965 referia:
“(…) o primeiro fim de tais museus «é, sem contestação possível, assegurar a conservação das obras de arte que foram retiradas do quadro para que tinham sido concebidas e executadas […]. Mas o segundo fim de um museu, tão essencial como o primeiro, consiste em expor, valorizar, fazer conhecer e apreciar as obras que nele são conservadas, o que significa que os museus de arqueologia e belas-artes devem desempenhar uma missão científica e artística ao mesmo tempo que uma missão educativa e social. Se o museu não for mais do que uma instituição com finalidade conservadora, poderá então qualificar-se de necrópole. É a definição que cabe aos museus privados de contacto com o mundo científico, com os artistas, com o público em geral e a juventude em particular. O museu deve ser um organismo cultural ao serviço da comunidade».”

Esperemos que o Museu de Escultura de Mafra veja rapidamente a luz do dia.

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