01 de Dezembro | Dia Mundial de Luta Contra a Sida

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A celebração desta data visa a alertar para a necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus da SIDA.

A descoberta deste vírus que ataca o sistema sanguíneo e o sistema imunológico, a SIDA ou VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), aconteceu em 1981.

“Em Portugal, o sistema de notificação de casos de infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH) teve início em 1985, recolhendo informação referente aos novos casos de infeção nos diferentes estadios e aos óbitos.”

As formas de contágio do VIH/SIDA são as seguintes:
-Relações sexuais;
-Contacto com sangue infectado;
-De mãe para filho, durante a gravidez, parto ou pela amamentação.

 

Foram hoje divulgados os dados da a situação em Portugal a 31 de Dezembro de 2016 relativos as Infecções por VIH e SIDA.

Entre 1983 e 2016 “as notificações recebidas no INSA até 30 de junho de 2017, em Portugal e até 31 de Dezembro de 2016, foram diagnosticados cumulativamente 56001 casos de infeção por VIH e 21614 casos de SIDA. Foram ainda notificados 11020 óbitos registados em indivíduos com infeção por VIH.” Os distritos de Lisboa, Porto e Setúbal acumulam o maior número de casos registados.

 

Em 2016, foram diagnosticados 261 novos casos de SIDA, 260 em adultos com idades iguais ou superiores a 15 anos, dos quais 141 foram registados na área metropolitana de Lisboa.

As idades medianas à data do diagnóstico dos novos casos de SIDA foram de 45 anos nos homens e 42 nas mulheres.

Em Portugal, o primeiro diagnóstico numa criança ocorreu em “1984 e a 31 de Dezembro de 2016 encontravam-se diagnosticados cumulativamente 556 casos de infeção por VIH em crianças que tinham idade inferior a 15 anos à data do diagnóstico inicial. “
A via de transmissão mais frequentemente, no caso das crianças, foi a transmissão da mãe ao filho (78,4%).

Ocorreram 253 óbitos em doentes infectados por VIH em 2016, dos quais 135 registaram-se em casos de SIDA. 88 destes óbitos ocorreram em Heterossexuais do sexo masculino e 41 Heterossexuais do sexo feminino.

 

Os Novos casos de infeção por VIH, até 30 de junho de 2017 foram 1030 novos casos de com  diagnóstico efectuado entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2016.

Jornal de Mafra 2017.12.01 14h58m28s 007

A distribuição por grupo etário e sexo dos novos casos de infecção por VIH (≥15 anos) diagnosticados em 2016 forram:

Jornal de Mafra 2017.12.01 14h59m35s 008 Jornal de Mafra 2017.12.01 15h00m23s 009

 

Na área Metropolitana de Lisboa foram diagnosticados 526 novos casos de infeção por VIH (≥15 anos) em 2016.

No que se refere a distribuição por categoria de transmissão e sexo, o maior nº de novos casos ocorreram nos Homo/bissexual (≥15 anos).

Jornal de Mafra 2017.12.01 15h03m54s 010

Segundo a Direção-Geral da Saúde, “estão em curso importantes iniciativas a nível nacional no âmbito da prevenção da infeção por VIH, do acesso ao conhecimento do estado serológico, bem como do envolvimento dos municípios de Cascais, Lisboa e Porto numa ação concertada em prol da eliminação da infeção por VIH e SIDA, iniciativas que se pretende contribuam para o atingimento dos objetivos 90-90-90 a nível nacional. A informação epidemiológica de qualidade e atempada é essencial para a monitorização destes objetivos e, nesse sentido, está a decorrer um processo de recolha de informação em falta e de melhoria das aplicações informáticas de suporte, que se espera vir a ter impacto significativo na rapidez da obtenção da informação epidemiológica nacional, na completude dos dados e, naturalmente, na qualidade dos mesmos.”

O Programa Nacional para a Infeção VIH, SIDA e Tuberculose, nas orientações programáticas para 2017-2020, definiu como objetivos, entre outros, “Assegurar o acesso universal ao conhecimento do estado serológico para a infeção por VIH, alargando a oferta do teste de rastreio para a infeção VIH a estruturas formais e informais de
saúde” e “Priorizar as intervenções de elevado impacto dirigidas às populações mais vulneráveis à infeção por VIH e à tuberculose, nomeadamente no acesso ao preservativo, masculino e feminino, à profilaxia pós-exposição (PPE) e
à profilaxia pré-exposição (PrEP) e a material assético para consumo de drogas injetáveis”.

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