Assembleia de Freguesia de Mafra [Imagens]

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O Jornal de Mafra não podia deixar de estar presente ontem na última reunião da Assembleia de Freguesia desta legislatura, embora, na verdade, não se possa dizer que no concelho se dê grande importância à representação democrática dos fregueses, já que a reunião de ontem foi só a 3ª sessão ordinária do ano e ocorreu já no início do 3º trimestre.

A sessão, como não podia deixar de ser, ficou marcada pelo facto de ser a última reunião a contar com a presença em funções do ainda presidente da Junta de freguesia de Mafra, António Ramalho, que, por força da lei, não se poderá recandidatar a novo mandato. Saudado por todas as bancadas, umas com mais veemência do que outras, António Ramalho, embora com alguma parcimónia, aguardou que chegasse o final da reunião para agradecer as palavras simpáticas com que todas as bancadas o saudaram.

Quanto ao resto, e como ocorre habitualmente nesta liturgia autárquica, a sessão pouca história teve. Ouvimos um eleito pela CDU, que também não se vai recandidatar, dizer de viva voz que “o homem é filho de um só deus”, uma alusão bíblica, digamos, no mínimos, original, chamemos-lhe assim. Original também, vermos os deputados que elegemos, os quais representam formas diferentes de ver o país e a freguesia, fazerem tão pouca politica numa assembleia que é eleita para isso mesmo, fazer politica.

Em cima das eleições autárquicas, “salvaram-se” as intervenções de alguns deputados da oposição, com destaque para Sónia Dias do CDS, que ousou fazer política. “Fomos um bocadinho mal interpretados”, disse “porque o que nós exigíamos é rigor transparência e clareza”, concluindo referindo, em relação às contas da freguesia, que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Em causa estiveram também as contas relativas à empreitada de reabilitação da igreja da Murgeira, propriedade da freguesia de Mafra, uma bizarria que obriga à utilização de fundos dos impostos num edifício destinado a um culto privado. Ficamos também a saber por Sónia Dias, que as contas de 2016 foram reprovadas, com os votos do PS, do CDS e da CDU, e após  terem sido refeitas, passaram com os votos contra do CDS e da CDU e a abstenção do PS.

Pelo PS, Hélder Santos Silva referiu que o trabalho da junta foi globalmente positivo, embora seja duro trabalhar na oposição. Realçou as virtualidades do orçamento participativo e pronunciou-se relativamente a alguns problemas de toponímia da freguesia.

 

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Olga Simões da CDU chamou a atenção, com toda a propriedade, para a pouca publicidade que é feita à realização das reuniões das assembleias de freguesia.  Já Davide Gomes, do PSD, referiu que as vozes que se fazem ali ouvir pelo CDS, apontam por vezes para a existência de dois CDS’s, rematando com elogios à forma como António Ramalho dirigiu a junta ao longo destes 3 mandatos que agora chegam ao fim.

Recordamos que com esta administração que agora sai, o Jornal de Mafra viu-se obrigado a recorrer por duas vezes à Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, para que pudesse consultar dois dosseirs cujo acesso a lei assegura a qualquer cidadão.

Sem grande história esta sessão que encerra o ciclo de António Ramalho à frente da Junta de Freguesia de Mafra.

 

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